Li Wenliang, um oftalmologista de 34 anos de Wuhan, na China, foi o primeiro a alertar para o aparecimento de um novo vírus na cidade, em dezembro de 2019. Na altura, decidiu avisar os colegas através de uma mensagem eletrónica, sendo depois abordado pela polícia, que quis saber como tinha obtido a informação e porque tinha decidido partilhá-la.
Em seguida, Wenliang, junto a outros colegas seus, foi obrigado a assinar um documento em que denunciava o alerta como um boato “infundado e ilegal“. Esta manhã, dia 7 de fevereiro, morreu devido a complicações do mesmo vírus, após ser contagiado por um doente.
O desfecho fatal desta história veio expor uma realidade de que nem sempre se fala nas notícias: quantos profissionais de saúde que, na tentativa de salvar vidas, são também infetados? Além disto, surgiu uma grande onda de críticas online como protesto pela liberdade de expressão.
As autoridades chinesas anunciaram também esta sexta-feira que abrirão um inquérito sobre a morte do médico, causada pelo vírus que já matou mais de 630 pessoas e infetou mais de 30 mil.