Aproxima-se a primavera, uma estação adorada por muitos, mas odiada por outros. Sobretudo, os que sofrem de alergias. Ainda assim, a verdade é que, com o aumento das temperaturas, as gripes tendem a diminuir. Agora, a questão que se impõe é: será que, com o coronavírus, o cenário será o mesmo? Isto é, estamos prestes a ver diminuir o número de infetados?
Importa dizer que a resposta a esta pergunta será sempre incerta, já que o vírus é novo e ainda há muito a descobrir. Ainda assim, os especialistas têm algo a dizer. De acordo com um artigo da National Geographic, os vírus que causam a gripe ou casos menos severos de coronavírus, normalmente diminuem nos meses mais quentes devido à “sazonalidade” e ao facto de as pessoas passarem menos tempo em locais fechados.
“Espero que esteja relacionado com a sazonalidade, mas é difícil saber“, revelou à revista Stuart Weston, da University of Maryland School of Medicine, onde o vírus está a ser estudado ao pormenor. Já Maciej Boni, professor de biologia na Penn State University, explicou ao Philadelphia Inquirer que a principal diferença entre este vírus e a gripe é a imunidade. “Não estamos a salvo só porque está a chegar a primavera e o calor“, disse.
Apesar destes depoimentos, há quem esteja mais otimista. “A COVID-19 irá retroceder assim que o tempo mais quente da primavera começar a fornecer condições que o vírus não tolera. A primavera será muito bem-vinda este ano“, diz Jeremy Brown, diretor do Office of Emergency Care Research at the National Institutes of Health, em conversa com a Health.
Com todas as opiniões – e tão diferentes – que ouvimos, importa ter consciência do facto de a diminuição do risco na primavera ser apenas uma hipótese e, como tal, até indicação em contrário, devemos manter todas as medidas de segurança que seguimos no momento. E, claro, ir sonhando com o dia em que os abraços, os beijos, os cafés na esplanada, os jantares em família ou amigos e as idas ao supermercado voltem a ser a nossa rotina. Porque é tão boa!