Já ouviu falar na síndrome dos ovários poliquísticos?
A SOP é um problema de saúde que afeta uma em cada 10 mulheres em idade fértil, diz o Departamento de Saúde e Serviços de Saúde dos Estados Unidos. As mulheres que sofrem desta condição têm menstruações irregulares, níveis mais elevados da hormona masculina androgénio e podem desenvolver quistos nos ovários, bem como ter dificuldades em engravidar. Não existe uma cura, mas, na maioria dos casos, algumas mudanças no estilo de vida podem fazer a diferença.
A especialista em fitness Jillian Michaels, mais conhecida por ser uma das personal trainers originais do programa americano “Biggest Loser”, soube que fazia parte das estatísticas aos 15 anos, de uma forma que descreve como “incrivelmente dolorosa”.
“Descobri porque um quisto rebentou num dos meus ovários”, explicou ao site Yahoo Lifestyle, em setembro de 2019. A dor era tanta que a mãe da preparadora física pensou que se tratava de uma apendicite aguda. A jovem foi levada para as urgências de um hospital, onde os médicos concluíram que, afinal, a origem era outra.
Tempo de mudança
Um dos profissionais de saúde sugeriu que a adolescente começasse a tomar a pílula contracetiva — um tratamento comum para este distúrbio hormonal, que ajuda a regular o período e a baixar os níveis de androgénio. Contudo, Michaels recusou-se. Continuou a desenvolver quistos até aos 21 anos, quando aconteceu uma nova rotura agonizante. Desta vez, abriu os olhos.
“Aí, comecei a tentar percebê-la”, afirmou sobre a patologia endócrina. “Em vez de atirar mais fármacos para o problema, estudei por que motivo ele existia”. Nessa fase, aprendeu que há uma ligação entre a síndrome e a resistência à insulina. Aliás, de acordo com a Cleveland Clinic, esta condição de saúde é um dos principais desequilíbrios fisiológicos na raíz da maioria, ou talvez mesmo de todos, os casos diagnosticados de SOP.
Ao mudar a sua dieta, Jillian acreditava que podia “sensibilizar” o corpo à insulina. “Nada de açúcares falsos, nada de açúcares processados, nada de cereais — coisas que fazem disparar a insulina”, revelou. “E, com o passar do tempo, tinha a situação controlada”. Estas alterações tiveram um impacto brutal na saúde da estrela americana. “Não tenho problemas há cerca de 20 anos. Tem tudo a ver com fazer exercício e ter uma alimentação limpa. Muitos dos químicos que estão na nossa comida causam o caos no sistema endócrino”.
No entanto, Jillian Michaels esclarece algo sobre a sua decisão de não tomar a pílula na adolescência, de modo a atenuar os sintomas da desordem endocrinológica. “Não estou a dizer que deva dizer ‘não’ se o seu médico lhe receitar a pílula. Estou só a dizer que para mim, pessoalmente, consegui gerir a situação com o estilo de vida”.