Densidade mamária é um termo usado para medir os diferentes tipos de tecido mamário visíveis em mamografia. Descreve apenas o aspecto da mama em mamografia sendo um termo radiológico. Os componentes do tecido mamário incluem: gordura, tecido glandular (ductos e lóbulos) e tecido conjuntivo (os tecidos que dão forma e auxiliam a estrutura do corpo). Define-se elevada densidade mamária, quanto maior a quantidade de tecido glandular e conjuntivo em comparação com a gordura.
O grau de densidade mamária deve ser classificado, utilizando-se mais frequentemente a classificação do American College of Radiology,s Imaging Reporting Data System permitindo que um exame feito na maioria dos países seja compreendido por qualquer outro radiologista, noutra parte do mundo.
A classificação é dada pelas letras A, B, C ou D, desde a mama inteiramente adiposa até a mama mais densa.
Padrão ACR_tipo A Padrão ACR_tipo B
Padrão ACR_tipo C Padrão ACR_tipo D
A densidade mamária varia de mulher para mulher, é definida logo aquando do desenvolvimento mamário, por fatores genéticos e ambientais e embora não sofra grandes alterações ao longo da vida, na maioria das mulheres tende a diminuir após a menopausa. Existem mulheres que terão a vida toda mamas densas enquanto que outras terão sempre mamas adiposas.
Existem fatores que ao alterarem o estado hormonal influenciam a densidade mamária: gravidez e amamentação; terapêutica hormonal de substituição e menopausa.
Em mamografia a mama densa aparecerá “branca” e a adiposa “escura”. Uma vez que as lesões suspeitas de malignidade se traduzem em mamografia também a “branco”, numa mama densa haverá menor contraste do tecido normal com o patológico, o que dificulta a visualização de lesões suspeitas.
Por outro lado, estudos recentes, apontam para um alto risco de desenvolver cancro em mulheres com mama densa, embora não esteja associado a um risco tão alto como outros fatores já conhecidos como idade e mutações genéticas tipo BRCA1 e BRCA2.
Em mulheres com elevada densidade mamária, tendo em conta o risco acrescido, a ressonância mamária poderá trazer benefício no diagnóstico precoce de cancro em conjunto com a mamografia (2D ou 3D tomossíntese, se disponível) e ecografia mamária anuais.
A experiência e especialização dos profissionais também são fundamentais para uma deteção mais segura e mais precisa dos tumores.
