Uma equipa de investigadores da Universidade McMaster e da rede de hospitais Hamilton Health Sciences, no Canadá, descobriu que consumir cerca de 150 gramas de carne processada por semana pode aumentar significativamente o risco de doenças cardiovasculares. Isto é o equivalente a apenas duas salsichas.
A carne é considerada processada quando foi preservada através da fumagem, tratamento com sal, cura ou adição de conservantes. Para chegarem a esta conclusão sobre o impacto que esta pode ter na saúde, os cientistas acompanharam as dietas e os resultados de saúde de 134.297 pessoas, de 21 países nos cinco continentes, durante quase 10 anos.
“Descobrimos que o consumo de 150 gramas ou mais de carne processada por semana está associado a uma probabilidade 46% maior de doença cardiovascular e 51% maior de morte comparativamente àqueles que não consomem carne processada”, afirma Mahshid Dehghan, coautor do estudo, em declarações ao site Healthline.
De acordo com estudos da Sociedade Americana para a Nutrição, o consumo de carne processada, incluindo a salsicha, o presunto e o salame, deve ser evitado. Aliás, uma pesquisa publicada no início de março já tinha revelado que apenas uma fatia de bacon por dia aumenta o risco de desenvolver demência em 44%. Também se sabe que comer este tipo de produtos aumenta o risco de cancro do intestino.
De recordar que a Organização Mundial da Saúde categorizou classificou o consumo de carne vermelha como “provavelmente cancerígeno para humanos” e encontrou fortes evidências de que comer carne processada está associado a cancros no cólon, pâncreas e próstata.