Herman Goossens, cientista que liderou a task force da testagem na Bélgica até setembro passado, deixou, recentemente, uma recomendação bastante importante: os testes rápidos de Covid-19 devem ser conservados e realizados a temperatura ambiente. Isto porque ele próprio se apercebeu de um fenómeno, no mínimo, estranho: as temperaturas mais frias podem levar a falsos positivos.
Goossens terá convidado alguns familiares para uma festa de Natal e todos testaram positivo fraco, fora de casa. A temperatura exterior seria de cerca de 8ºC. Depois, terão repetido o teste a temperatura ambiente e todos deram negativo. “Cuidado com os resultados falsos positivos no inverno. É um problema identificado“, alertou, referindo-se ao estudoo que terá encomendado no início de 2021 e que mostrou que os autotestes realizados entre 2º e 4ºC deram falsos positivos.
“O facto de que isso possa também acontecer a 8º C é que me surpreende. Talvez ocorra uma reação química em certas temperaturas e causa esse resultado. Não tem nada a ver com o vírus. Mas ainda é muito incerto”, explicou, aconselhando a que os testes sejam bem conservados, a temperatura ambiente – nem fria nem quente.