A Ordem dos Nutricionistas vem alertar para o grave – e atual – problema da obesidade, através de uma aposta clara em estratégias de prevenção da doença, como a garantia do acesso a consultas de nutrição. Esta vem no seguimento dos resultados do Relatório de Obesidade 2022 da Região Europeia da OMS.
Ora, este veio revelar, no passado dia 3 de maio, que, na Europa, cerca de 60% da população adulta e 1 em cada 3 crianças em idade escolar apresentam excesso de peso ou obesidade. A pandemia é apontada com um dos potenciais fatores agravantes deste cenário. Além disso, a OMS alerta que nenhum estado membro vai conseguir alcançar a meta anteriormente estabelecida que previa travar o aumento da obesidade até 2025.
“Dispomos de dados suficientes que nos alertam que precisamos de agir já e com audácia. Na região europeia 1,2 milhões de pessoas podem ter morrido anualmente devido a excesso de peso ou obesidade e a maus hábitos alimentares que, como bem sabemos, estão diretamente relacionados com este problema, e em Portugal esta situação não será exceção”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.
Uma outra medida fundamental, de acordo com a bastonária, é a redução dos impostos em alimentos saudáveis, já que o agravamento dos preços, na sequência do conflito armado na Ucânia, também pode levar a que as pessoas se alimentem de forma menos saudável. O consumo de frutas e produtos hortícolas; a implementação de programas e campanhas de educação alimentar; a implementação de campanhas nacionais de alimentação saudável; e a obrigatoriedade de esquemas de rotulagem nutricional na frente da embalagem nos produtos alimentares são algumas das principais medidas defendias.