A pílula contracetiva é um dos vários métodos utilizados para o controlo da gravidez, com uma eficácia até 99,9%. Mas será tudo bom ou existem também possíveis efeitos secundários?
Para responder a isto, a empresa sueca INTIMINA, que oferece a primeira gama dedicada a cuidar de todos os aspetos da saúde íntima feminina, partilha dicas fundamentais sobre este contracetivo.
Como funciona a pílula?
Para entender o funcionamento da pílula, é necessário saber como funciona o ciclo menstrual. O ciclo está dividido em três fases: a fase folicular, a ovulação e a fase lútea. A fase folicular começa no primeiro dia de menstruação e dura até à ovulação. Nos primeiros dias, as concentrações de estrogénio e progesterona são baixas. Depois, os níveis de estrogénio sobem, atingindo o seu pico perto da ovulação. Após a ovulação, o nível de estrogénio cai, e por sua vez os níveis de progesterona começam a subir — isto representa o início da fase lútea, que prepara o corpo para a gravidez. Se não engravidar, os níveis de progesterona caem, e começa a menstruação.
O que a pílula faz é impedir a ovulação, sendo que, esta dá-se quando um óvulo é libertado por um dos ovários. Os ovários, por sua vez, desempenham um papel crucial na saúde sexual e reprodutiva feminina, já que são os principais produtores das hormonas sexuais femininas: o estrogénio e progesterona.
Então, o que acontece com estas hormonas durante um ciclo menstrual normal? As suas concentrações alteram-se durante o ciclo menstrual devido à influência das hormonas folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH).
A pílula é uma combinação de progesterona e estrogénio. Existe também outro tipo de pílula, a minipílula, que contém apenas progesterona. Mas o princípio é, ao tomar estas hormonas, não haverá estímulo para que os níveis de FSH e LH aumentem. Sem FSH e LH, não haverá ovulação nem fecundação e, consequentemente, nenhuma gravidez. Tão simples quanto isto.
Prós
O mais óbvio é a prevenção da gravidez e a regularização do ciclo. Contudo, devido à regulação das hormonas, há vários outros aspetos que a pílula pode beneficiar:
- Menor intensidade do fluxo. Se tiver fluxos mais elevados, estes tornar-se-ão mais ligeiros e menos dolorosos.
- Menor duração do fluxo. Na maioria dos casos, à medida que o fluxo diminui, acontece o mesmo com a duração.
- Pele mais bonita. A maioria das mulheres nota que a pele melhora gradualmente, com os poros e a acne a diminuírem.
- Cabelo e unhas mais saudáveis.
- Redução dos sintomas de TPM.
- Melhor vida sexual. Isto porque não sente a preocupação de engravidar, no caso de ser algo que a impede de relaxar e apreciar o momento. Contudo, tenha em atenção que a pílula não protege de doenças sexualmente transmissíveis!
- Gestão da endometriose. A condição é estimulada pelo estrogénio, pelo que a terapia hormonal é um método de tratamento possível para estes casos.
Contras
Como qualquer outro medicamento, a pílula também tem os seus efeitos secundários. Nem todas as mulheres os experienciam, mas há uma hipótese de aparecerem, especialmente no início, sendo que, os mais comuns são:
- Dores de cabeça. Algumas mulheres podem sentir que as dores de cabeça diminuem, contudo, algumas mulheres relatam sentir dores de cabeça mais significativas e frequentes, devido ao equilíbrio hormonal recentemente estabelecido.
- Náuseas e vómitos. Para reduzir a possibilidade de náuseas, a pílula pode ser tomada à noite. A boa notícia é que acaba por melhorar com o passar do tempo.S
- Spotting. Ou hemorragia entre períodos, que não acontece a todas as mulheres, mas pode acontecer. Se for o seu caso, procure um ginecologista.
- Ansiedade e depressão. A alteração nas hormonas pode levar a mudanças de humor, como a TPM. Em alguns casos, a pílula não evita as mudanças de humor, mas pode, sim, evoluir para algo mais grave, especialmente se tiver um historial de depressão. É por isso que é importante falar com o seu ginecologista antes de iniciar o processo de toma da pílula. Se começar a sentir alguma alteração aquando da toma, fale com o seu ginecologista o mais rápido possível.
- Coágulos. Embora as pílulas de hoje em dia não tenham concentrações tão elevadas de hormonas como as de antigamente, o que levava a uma maior probabilidade de ter coágulos, ainda aumenta ligeiramente a probabilidade de isso acontecer. Contudo, não representa um problema para as mulheres que não são propensas a coágulos. Ainda assim, se tiver alguns dos fatores de risco como historial de coágulos, trombofilia, e condições semelhantes, deve repensar a utilização da pílula.
Cada pessoa é diferente e reage de forma diferente a fatores externos. E é normal! O que isto significa é que se começar a tomar a pílula deve experimentar, por tentativas, até encontrar a pilula mais adequada ao corpo. Estar livre de engravidar ou ter dores menos intensas não que dizer que a pilula seja a ideal. O aconselhável é sempre falar primeiro com o ginecologista.
De forma geral, conhecermo-nos intimamente ajudará a entender a nossa saúde íntima. Ter um período irregular, abundante, ou não aparecer durante algum tempo, pode significar que algo não está bem. Uma boa forma de nos consciencializarmos sobre o nosso corpo, e em concreto, sobre a nossa menstruação, é começarmos a utilizar produtos que respeitem a nossa saúde.
O copo menstrual é uma opção com o qual podemos saber qual a quantidade de fluxo que temos durante o período e ainda ajudamos a manter o equilíbrio íntimo natural. No caso dos copos menstruais Lily Cup, Lily Cup Compact e Lily Cup One, podem usar-se até 8 horas seguidas evitando a secura associada aos produtos tradicionais. Além disso, são completamente higiénicos graças ao silicone de grau médico biocompatível com que são fabricadas, um material não poroso que previne o crescimento bacteriano.