O parto não deve afetar a vida íntima da mulher, independentemente do método, assegura um novo estudo.
A investigação, publicada na revista científica BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology, foi motivada por insinuações de que a cesariana é “melhor” que o parto vaginal, devido ao risco reduzido de lacerações e à preservação do tónus vaginal.
Trabalhos anteriores encontraram poucas diferenças em como os dois tipos de parto afetam a vida sexual dos casais, mas, geralmente, acompanhavam apenas os seis meses após o nascimento. Já o novo estudo, conduzido por investigadores britânicos e suecos, envolveu mães de mais de 14 mil bebés nascidos no Reino Unido entre abril de 1991 e dezembro de 1992.
Após seguirem estas mulheres por um período de até 18 anos, os peritos não detetaram diferenças entre a cesariana e o parto vaginal no que diz respeito ao prazer e à frequência do sexo.
“Esta pesquisa fornece às gestantes, bem como às mulheres que deram à luz, informações realmente importantes”, começa por dizer Florence Martin, doutoranda em Epidemiologia na Bristol Medical School, em Inglaterra, num comunicado de imprensa. “Demonstra que não houve diferença no prazer ou frequência sexual em nenhum momento pós-parto entre as mulheres que deram à luz por cesariana e aquelas que deram à luz por via vaginal”.