
A menstruação atrasada é um dos principais sinais de que um bebé está a caminho. Caso a gravidez se confirme, ela permanece ‘ausente’ durante os nove meses de gestação e, também, enquanto decorre o aleitamento materno exclusivo após o parto.
Quando as sessões de amamentação começam a ficar espaçadas, a tendência é que o período regresse, o que pode acarretar as infames cólicas. Mas será que elas melhoram depois da gravidez? Antes de irmos à resposta, para começar, é preciso ter em mente que cada organismo feminino é único e, entre todas as variações que ele pode ter, a mais acentuada está ligada ao aleitamento materno.
“Quando a mulher amamenta, ela produz uma hormona chamada prolactina. Na grande maioria das vezes, principalmente se o aleitamento for exclusivo, ela acaba por inibir a ovulação e, por conseguinte, a mulher fica sem menstruar nesse período”, diz a ginecologista e obstetra Erika Kawano ao portal bebe.com.br.
Assim sendo, as mulheres que não dão de mamar costumam voltar a menstruar entre um a dois meses após o parto. As que o fazem, por sua vez, voltam a ter o período apenas quando há uma diminuição da produção de leite materno e, por conseguinte, dos níveis de prolactina.
As cólicas melhoram mesmo?
“Se a mulher tinha muitas cólicas antes da gestação, principalmente devido a condições como a endometriose ou a adenomiose, o estímulo hormonal, em particular da progesterona em altas dosagens, acaba por diminuir as dores depois de uma gravidez”, esclarece a médica. Contudo, se a contração do útero não estiver ligada a nenhuma doença, a tendência é que a mulher volte a ter o mesmo tipo de padrão de dor após a gestação.
Vale o mesmo para o fluxo menstrual
O regresso total da menstruação só é possível quando a mulher para de amamentar o bebé por completo. “Pode ser que o período fique irregular nos primeiros dois ou três meses, e o fluxo pode variar bastante: pode ser mais leve ou vir um pouco mais intenso”, revela a Dra. Erika Kawano.
Depois dessa fase, o ciclo menstrual voltará ao que era antes da gestação, exceto para quem sofre de doenças como, por exemplo, a endometriose, em que a carga hormonal da gestação também favorece a redução de sintomas como o fluxo intenso. Se essa desregulação durar mais de três meses, a ginecologista e obstetra diz que é necessário procurar um especialista.