No último ano, em Portugal, ocorreram mais de 32 mil acidentes de viação com feridos e, nos dois primeiros meses de 2012, já se registaram mais de 4500, segundo dados da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária.
Uma das consequências relacionadas com os acidentes de viação é a deslocação de vértebras cervicais, situação que está na origem de dor crónica na zona do pescoço e ombros. O chamado “síndrome do golpe do chicote” acontece quando existe um movimento brusco do pescoço quando ocorre um choque e provocar lesões frequentes na zona cervical, sendo uma fonte de dor crónica intensa.
Uma investigação internacional conclui que as lesões cervicais por este “golpe de chicote” representam mais de 70% do total de queixas por ferimento em acidentes. Em Espanha os acidentes de viação são responsáveis por 98% das entorses cervicais diagnosticadas. Já em Portugal não existem dados sobre a população afectada.
O tratamento mais eficaz para tratar destas lesões é a radiofrequência: uma técnica minimente invasiva que consiste na aplicação de uma agulha na zona dolorosa que, através da emissão de radiofrequência, gera calor sob a camada mais profunda da pele. O calor que vai ser produzido irá desactivar os nervos que enviam os estímulos dolorosos para o cérebo eliminando, desta forma, a fonte da dor.
A recuperação é relativamente rápida, visto que este tratamento não implica cirurgia. Este procedimento pode ser definitivo e tem uma taxa de sucesso elevada.
Efectuada em regime ambulatório e com recurso a anestesia local, a radiofrequência está também indicada no controlo e redução da dor associada à doença oncológica, às artroses da coluna vertebral e instabilidade da coluna, hérnias discais ou dores após cirurgias nesta zona.
“A dor na zona do pescoço e ombros, apesar de ser muito frequente, é ainda ignorada por muitos portugueses, que desconhecem a sua origem e as opções terapêuticas eficazes para a solucionar. A radiofrequência é uma técnica percutânea muito eficaz no controlo da dor crónica. É relativamente simples, de rápida execução e com um tempo de recuperação bastante reduzido, o que permite retomar a rotina diária, praticamente, de um dia para o outro, e, também, retomar actividades que anteriormente era quase impossível realizar, devido à dor”, explica o Dr. Armando Barbosa, Fundador e Diretor Clínico da PainCARE.