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A pesquisa conjunta do Dana-Farber Cancer Institute e dos hospitais Brigham e Women’s Hospital de Boston analisou os registos de 750 mil pessoas e descobriu que os doentes de cancro casados ou a viver maritalmente têm hipóteses de sobrevivência 20% superiores do que quem vive sozinho.
É mais provável que um marido ou mulher atentos e cuidadores alertem atempadamente a sua cara-metade para possíveis problemas de saúde, incentivando-a a procurar ajuda médica.
Neste capítulo, os homens levam vantagem: 23% a mais de hipóteses de sobrevivência por terem uma mulher atenta e que lhes dá apoio no tratamento. Nas mulheres, a mesma taxa é de 16%. Por serem mais insistentes e não descansarem enquanto não mandam o marido ao médico, as mulheres aumentam as hipóteses de sobrevivência dos seus companheiros.
Os doentes de cancro casados têm também menos 17% de hipóteses de que o seu tumor se espalhe para outros órgãos, o que indica que a deteção precoce e a insistência do cônjuge pode realmente salvar vidas. Também é mais provável que sigam o tratamento até ao fim.
Os cancros do pescoço e cabeça e o linfoma não-Hodgkin foram aqueles em que as hipóteses de sobrevivência dos casados se mostraram maiores. Em alguns casos, como no cancro colo-rectal, do esófago, da cabeça e pescoço, próstata e mama, ter um marido ou mulher atento e carinhoso, por si só, representava um benefício maior do que a quimioterapia (quando comparado com os resultados de doentes solteiros ou sozinhos que a ela se submetiam).
O responsável pelo estudo, o oncologista Paul Nguyen, afirmou: “Quem tem um marido ou mulher, ou outra pessoa próxima que sofra de cancro, pode fazer uma grande diferença nos resultados do tratamento, ao ir com essa pessoa ao médico e ajudá-la a entender o diagnóstico. Por estar disponível para essa pessoa e ajudá-la a organizar as suas consultas médicas e a completar todos os tratamentos, pode fazer a diferença no resultado final.”