“Acordo a meio da noite (ou antes de dormir) e tenho de comer qualquer coisa”
Muitas de nós conhecem estes terríveis ataques ao frigorífico, que deitam por terra todas as boas intenções que cumprimos durante o dia. Como controlar estes ‘desatinos’? De acordo com a nutricionista Vanda Gomes, “deve comer pelo menos três boas refeições durante o dia e duas mais leves: se salta essas refeições, chega à noite sem as calorias necessárias”. Um truque simples é, antes de se entregar a este desejo nocturno, beber três copos de água ou um chá de ervas (sem teína, para não lhe roubar o sono). Desta forma, reduz naturalmente o apetite. “Também não deve ter junk food em casa, nem doces ou chocolates: se tiver comida saudável no frigorífico, os danos são minorados.” Por fim, mantenha-se ocupada, evitando ver televisão, um hábito que convida ao consumo de alimentos pouco saudáveis. Ocupe a mente noutras actividades e verá como se esquece de comer.
“Não tenho fome de manhã”
O pequeno-almoço é a mais importante refeição do dia. Se não sente fome de manhã, pode muito bem ter que ver com o hábito de assaltar o frigorífico durante a noite. Controlando esse hábito, o apetite matutino regressa naturalmente. Se mesmo assim tal não lhe acontecer, beba um copo de leite magro antes de sair de casa e leve o pequeno-almoço para o trabalho. É que daqui a uma hora estará cheia de fome, e qual é a tendência? Entrar numa pastelaria e comer o mais calórico dos bolos.
“Adoro fast-food”
Todos sabemos que o sabor desta comida pode ser aditiva, mas lembre-se que transborda de açúcar e em gorduras, sendo responsável pelos graves problemas de obesidade com que os Estados Unidos se deparam. Se não resiste, use a cabeça: faça apenas uma refeição semanal num destes estabelecimentos e minimize os danos: peça doses mais pequenas (em vez de uma dose extragrande de batatas fritas!), opte por comer o seu hambúrguer (só um, não precisa de dois!) e as suas batatas sem molhos, peça um sumo em vez de um refrigerante e acompanhe a refeição com salada.
“Não resisto ao chocolate”
A explicação é simples: este alimento exerce um efeito muito especial: aumenta a produção de serotonina no cérebro, um neurotransmissor responsável pela nossa sensação de bem-estar e pela redução dos níveis de stresse e de ansiedade. “Sem que as pessoas se apercebam, o chocolate modifica o nosso estado de espírito, e isso pode revelar-se, em certa medida, aditivo”, recorda a nutricionista Vanda Gomes. “O ideal seria que se adaptassem estilos de vida mais calmos, que ajudam a reduzir o consumo de alimentos com elevada quantidade de açúcar, que contribui para o aumento de peso, mas isso é utópico nos dias que correm.” A verdade é que, em termos de satisfação, nada substitui realmente o chocolate. Pode é reduzir e controlar o seu consumo: prefira o chocolate negro; em vez de tabletes grandes, escolha uma pequena barra; coma logo depois da refeição, dado que há maior possibilidade de comer menos; e não tenha chocolates em casa. “Mas o melhor é ver quais as insatisfações emocionais que se encontram na origem desse consumo.”
“Tenho de experimentar tudo”
Não resiste a comer entrada, prato, sobremesa e ainda petiscar dos pratos dos outros? Bem, antes de mais, deve pensar se não está a comer muito depressa. “A comida demora cerca de vinte minutos a ‘acomodar-se’ ao nosso estômago. Por isso, se comer mais devagar, vai dar tempo a que o processo natural de saciedade ocorra”, recorda a nutricionista. Em casa, antes de cozinhar, pense na quantidade saudável de comida que devia consumir e não exagere na dose.
“No trabalho, tenho de estar sempre a mastigar”
O que não é necessariamente mau, dependendo do que mastiga. Se forem bolachas, doces, chocolates, batatas fritas, é uma hecatombe de calorias. Opte nesse caso por snacks de baixas calorias, como fruta e iogurtes magros. Comer várias refeições por dia é também uma boa forma de evitar esta tendência. Se sentir que a sua energia está a cair a pique, o melhor é beber uma chávena de chá e consumir hidratos de carbono complexos: que tal uma tostinha integral?