Com o avançar da idade, vamos tentando encontrar formas de manter características físicas da juventude para envelhecer em beleza e graça. A aparência da pele é então uma grande preocupação, uma vez que é ela que muitas vezes nos “trama”, com rugas, perca de firmeza ou uma tez mais opaca. E estes sinais têm um culpado: a diminuição dos níveis de colagénio que são naturalmente produzidos pelo nosso corpo.
A partir dos 25 anos, o nosso corpo começa a produzir menos esta substância responsável pela integridade e elasticidade da pele a uma velocidade média de 1,5% ao ano. Isso faz com que a partir dos 30 ou 40 anos surjam sinais evidentes de envelhecimento. É algo natural, mas que pode ser retardado com cuidados e a manutenção de um estilo de vida saudável (e até com um apoio de tratamentos de beleza desenvolvidos para esse efeito).
“O colagénio é uma proteína estrutural presente na parede dos vasos sanguíneos, ossos, articulações, tendões e na pele e nas suas camadas (epiderme, derme e tecido celular subcutâneo)”, explica Inés Lipperheide Vallhonrat, coordenadora da área de medicina estética da Ruber Internacional e da Clínica Dermatológica Internacional, em Espanha.
A especialista reforça a importância de um estilo de vida saudável, com uma dieta rica em aminoácidos, antioxidante e uma hidratação adequada. “A ingestão de certos aminoácidos presentes na carne bovina, espinhas de peixe ou coxas de frango auxilia na síntese de colagénio pelo organismo. Além disso, antioxidantes (vitamina C e vitamina E), outras vitaminas como a vitamina B3 presentes nas frutas (principalmente frutas vermelhas), ovos, legumes ou nozes promovem indiretamente a produção”, explica Lipperheide.
O repouso, o não consumo de álcool ou tabaco e uma exposição solar moderada e protegida também são fundamentais.
Quanto aos cosméticos recomendados, as opções são produtos com antioxidantes, como a vitamina C, com princípios ativos como retinol, produtos anti glicação (AGEs) e um bom protetor solar.
Os suplementos atualmente muito em voga também podem compensar o colagénio que se perde com o avançar da idade. Estes produtos são uma ajuda, mas devem ser decompostos por hidrólise, de modo a ajudar a digestão e absorção e, assim, fazer com que o colagénio execute a sua função na pele.
Sobre tratamentos, as opções devem ser aquelas que estimulam a produção de colagénio e elastina, como a radiofrequência, ultrassom microfocado, infiltração de compostos como a hidroxiapatita de cálcio ou terapias combinadas não evasivas.