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1. Até 1948, os nascimentos reais estavam cheios de gente

Não era admitido povo nos aposentos da rainha enquanto dava à luz, mas não se podia queixar de falta de companhia: o pai podia não estar presente, mas o bebé nascia sob o olhar do Ministro do Interior e do Arcebispo da Cantuária, para confirmar que a criança era mesmo filha da rainha e que ninguém trocava o bebé.

Quando a rainha Isabel nasceu, por exemplo, o ministro do interior estava presente. Quando o príncipe Carlos nasceu, a rainha achou que, neste caso, já bastava de tradição…

2. O bebé não vai precisar de apelido

Tendo o título de príncipe, não precisa necessariamente de apelido, que é para plebeus. Se quiser ter uma vida ‘normal’ e um apelido como toda a gente, poderá escolher entre três: Mountbatten-Windsor (nome de família), Wales (País de Gales) ou Cambridge (pelos pais, duques de Cambridge). Aliás, quando ainda não se sabia que o bebé se chamaria George, os tabloides ingleses chamaram ao bebé ‘Baby Cambridge’.

3. O príncipe William não foi o primeiro bebé real a nascer num hospital

Diana insistiu para que os filhos nascessem na ala privada do hospital de St. Mary’s, no centro de Londres, onde a duquesa de Cambridge deu à luz, mas não foi a primeira princesa a fazê-lo. Antes dela, já a princesa Ana tinha escolhido o mesmo hospital para dar à luz o seu primeiro filho, Peter, em 1977 (seguido de Zara em 1981). A rainha nasceu na casa dos pais, em Londres (de cesariana), e o príncipe Carlos no Palácio de Buckingham.

4. O nome do bebé real não influencia os ‘plebeus’

Podia pensar-se que o nome escolhido para o herdeiro do trono fosse seguido por muitas mães, mas não parece ser verdade. Claro que esta tendência é muitas vezes difícil de perceber, porque os nomes das crianças reais (principalmente dos rapazes) tendem a ser nomes já tradicionalmente muito populares, como Willliam, Charles, Harry ou Andrew. Se se analisar as tabelas de nomes escolhidos ao longo dos anos, não se nota nenhuma diferença abismal entre os Williams nascidos antes e depois do príncipe. Mas com as raparigas, que têm nomes mais ‘originais’ (como Zara, Beatrice ou Eugenie), também não se nota nenhuma grande influência da realeza. Parece que a televisão ou os futebolistas têm bastante mais seguidores que a realeza…

5. A rainha Vitória foi a primeira a usar anestesia num parto

Muito mal vista pelo clero, que considerava que, segundo a Bíblia, uma mulher devia dar à luz na dor, a anestesia entrou pela primeira vez num palácio real em 1853. Aos 34 anos, a rainha Vitória estava prestes a dar à luz o seu oitavo filho, o príncipe Leopold, e neste caso a opinião da Igreja não lhe importava nada: estava farta de dores. Pediu então ao marido que fizesse qualquer coisa. Bem informado, o príncipe Alberto chamou ao palácio James Snow, um obscuro médico inglês que se dedicava a fazer experiências com clorofórmio e ficou espantado com a ordem para se apresentar à rainha. Foi o primeiro parto real sem dor (ou enfim, com menos dor).  Apesar de (ou devido a) ter tido 9 filhos, a rainha Vitória não era o tipo de mãe que elogiava as alegrias da maternidade: disse várias vezes que a primeira gravidez lhe arruinou os primeiros tempos de casada, recusou-se a amamentar os filhos, e afirmou que quando estava grávida se sentia uma vaca ou uma cadela…

6. Vitória subiu ao trono devido a um mau parto

Vitória não deveria ser rainha (tal como a atual rainha Isabel) mas a sua chegada ao trono deveu-se, não a uma abdicação, mas a um drama.  A única filha do rei George IV, a princesa Charlotte, tinha 21 anos e estava grávida do primeiro filho. A pobre Charlote aguentou o martírio de 50 horas de parto para dar à luz um nado-morto, e morrer ela própria um dia depois, devido a hemorragias causadas pelo médico (que se matou mais tarde, de remorsos, para a tragédia ser completa).

7. O ‘bebé’ real menos conhecido é Lady Louise

É a primeira filha do filho mais novo da rainha, o príncipe Eduardo, que tem mais um rapaz, James. Os filhos de Eduardo e Sophie, condessa de Wessex, têm crescido longe das vistas do público.  Louise tem o título legal de Sua Alteza Real a Princesa Louise de Wessex, e não Lady Louise Windsor. Mas quando os pais se casaram, foi decidido que os filhos teriam apenas o título de Lord ou Lady de modo a proporcionar-lhes uma vida mais “normal”, mas também para reduzir o número de membros da família real que possuem deveres e responsabilidades. Ao atingir uma idade mais avançada, Louise poderá usar o título “Princesa Louise”, se assim quiser. Louise nasceu prematura em 2003, numa cesariana de emergência, e tem problemas de visão até hoje.

8. A família real também tem alguns segredos

Louíse não foi o único ‘bebé escondido’: aliás, a família real é perita em esconder os seus elementos menos ‘perfeitos’. Alguém ouviu falar do príncipe John? E no entanto, era tio direto da rainha Isabel, o filho mais novo de George V. Nasceu em 105 e era epiléptico, na altura uma doença ainda muito mal compreendida. A partir dos 12 anos, John tinha uma ala de Sandrigham só para ele, onde vivia com a ama, separado dos outros elementos da família. Não durou muito: morreu antes de fazer 14 anos… Daí a razão por que nenhum membro da família se chama John…

9. A princesa Ana recebeu presentes originais…

Originais para nós, porque em 1950, ano do seu nascimento, faziam imenso sentido. Quando Ana nasceu, o racionamento da Segunda Guerra Mundial ainda estava em força, e quando o pai foi registá-la recebeu o cartão de identidade da filha bem como o livro de senhas de racionamento e garrafas de óleo de fígado de bacalhau…

10. Lady Di não usou epidural…

Contentou-se em sugar cubos de gelo para aliviar a dor… Mesmo assim, o parto correu bem e saiu do hospital, tal como Kate, menos de um dia depois de dar à luz. Ao contrário de Kate, Diana não teve uma família unida a apoiá-la durante e depois da gravidez.

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