
Ethan Miller
Taylor Swift tem milhões de fãs por todo o mundo, mas uma delas – com certeza – não é a feminista Camille Paglia. A célebre pensadora e académica norte-americana escreveu um ensaio para o “The Hollywood Reporter”, publicado no dia 10 de dezembro, no qual se refere à cantora como “Barbie Nazi”, entre outras coisas. Em questão está o facto de considerar que a “girl squad” de Swift perpetua o elitismo e mina o empoderamento feminino.
Lembre-se que a artista pop é conhecida por se rodear de amigas famosas como, por exemplo, Selena Gomez, Gigi Hadid, Cara Delevingne, Karlie Kloss e Lorde, entre muitas outras. E também por as convidar – e também outras celebridades – a subirem ao palco durante os seus concertos.
“Na nossa era moderna de carreiras independentes, as ‘girl squads’ podem ajudar as mulheres a avançarem se elas evitarem apresentar uma imagem pública tonta e regressiva – no sentido de serem um grupo de miúdas risonhas, que posam com a língua de fora e abraçam ursos”, escreveu. “A própria Swift devia reformar esse esquema ofensivo de Barbie Nazi, que junta amigos e celebridades como adereços paras as performances”, continuou.
Sem se dirigir diretamente às declarações de Camile, Swift explicou por que motivo prefere chamar as amigas para subirem ao palco durante uma entrevista.
“Seria estranho não incluir as minhas amigas. Elas são as pessoas que me ajudaram a chegar ao ponto para fazer este álbum… Temos algumas memórias fantásticas relacionadas com esta digressão”, disse, acrescentando que devido aos horários caóticos de cada uma, combinar esforços desta maneira é a única solução para se encontrarem. “As minhas amigas apanhavam o avião e estávamos todas no mesmo sítio. Na verdade, tornou-se uma forma de estarmos todas juntas quando estamos muito ocupadas”, concluiu.
Taylor Swift não é a primeira figura pública criticada por Camille Paglia. Em ensaios anteriores, disse que o ex-apresentador do “Daily Show”, Jon Stewart, simbolizava o “declínio e vacuidade da comédia contemporânea, caracterizou Lady Gaga como “artificial e calculada” e comparou Bill Clinton, o ex-presidente norte-americano envolvido num escândalo sexual com a estagiária Monica Lewinsky, ao ator Bill Cosby, que é alvo de mais de 50 acusações de agressão sexual.