Há novos desenvolvimentos na batalha judicial que opõe Kesha a Lukasz Gottwald, mais conhecido como Dr. Luke no mundo da música.
A cantora norte-americana partilhou este domingo uma fotografia no Instagram, onde afirma que lhe foi oferecida liberdade (presume-se que do contrato que a liga à Sony), se aceitasse retirar as acusações de violação contra Gottwald.
“so. I got offered my freedom IF i were to lie. I would have to APOLOGIZE publicly and say that I never got raped,” Kesha wrote alongside the photo. “THIS IS WHAT HAPPENS behind closed doors. I will not take back the TRUTH. I would rather let the truth ruin my career than lie for a monster ever again.” (então. Ofereceram-me liberdade SE aceitasse mentir. Teria de PEDIR DESCULPA publicamente e dizer que nunca fui violada. ISTO É O QUE ACONTECE à porta fechada. Não recuarei na VERDADE. Preferia deixar a verdade arruinar a minha carreira do voltar a mentir por um monstro.)
No Huffington Post é possível ler-se um comunicado de um porta-voz de Dr. Luke:
“O Tribunal declarou várias vezes que a Kesha já é livre de gravar sem o Dr. Luke, reforçando que ela não apresentou nenhum facto que comprovasse as suas acusações. Todas as provas – incluindo a gravação em vídeo do testemunho da Kesha sob juramento – mostram que as acusações são falsas. A única coisa que a Kesha não tem liberdade para fazer é continuar a mentir acerca do Dr. Luke através de veículos publicitários ou de difamações escandalosas, ignorando o facto de ter ido trabalhar de livre vontade e de ter estabelecido contactos com o Dr. Luke, anos depois deste suposto “incidente”. Desde sempre que o objetivo dela tem sido o enriquecimento pessoal, através da rescisão de contractos que lhe trouxeram sucesso e milhões, para poder assinar outros mais lucrativos. Estamos ansiosos pelo dia no Tribunal em que Kesha será responsabilizada pelas mentiras que disse.”
Gottwald foi o produtor executivo dos dois álbuns de Kesha. Apesar de a parceria se ter revelado lucrativa, Kesha acusou Gottwald de ter abusado dela sexual, física, verbal e emocionalmente durante uma década, o que originou um debate sobre o sexismo no mundo da música.
Em fevereiro, Kesha viu-lhe ser negado o pedido para ser libertada do contrato que mantém com a Sony. O Tribunal considerou que a cantora é livre de trabalhar com outros produtores dentro da produtora.
Um mês depois, os advogados de Kesha compararam a decisão de manter a artista norte-americana ligada à Sony com “escravatura”.
Durante o processo, Gottwald nunca reconheceu ter abusado da cantora e defendeu sempre a sua inocência face às acusações. Depois da decisão do Tribunal, Dr. Luke escreveu no Twitter:
“Não violei a Kesha e nunca tive relações sexuais com ela. Fomos amigos durante muitos anos e olhava para ela como para a minha irmã mais nova. A Kesha negou sob juramento as horríveis acusações que agora me são apontadas.”