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Meghan e a mãe, Doria Radlan
Meghan Markle abriu-se sobre a história da própria família numa ocasião especial.
A namorada do Príncipe Harry, que é filha de uma negra e de um branco, escreveu um ensaio no qual entra em detalhes sobre o seu contacto com o racismo. Escrito originalmente em 2015, foi partilhado novamente a 16 de janeiro, data que assinalou o Dia de Martin Luther King, um feriado celebrado nos Estados Unidos em honra de um dos mais importantes líderes do movimento pelos direitos civis dos negros no país.
No texto, a atriz recorda uma história que lhe foi contada pelo seu avô materno, quando tinha apenas 11 anos, sobre a sua experiência quando decidiu mudar-se com a família do estado do Ohio para a Califórnia.
“Meggie, na nossa viagem de carro, quando íamos ao Kentucky Fried Chicken (KFC), tínhamos que ir para as traseiras destinadas às ‘pessoas de cor'”, recorda. “O pessoal da cozinha dava-me o frango pelas traseiras e comíamos no parque de estacionamento. Era simplesmente assim”.
O relato deixou Markle impressionada até aos dias de hoje.
“Aquela história ainda me assombra”, explicou. “Lembra-me de quão novo o nosso país é. Do quão longe chegámos e quão longe ainda temos que ir”.
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D.R.
Meghan também refletiu sobre as próprias experiências com a descriminação, incluindo presenciar inúmeras piadas racistas contadas por pessoas que não sabiam que era “mestiça” e um episódio que lhe aconteceu num dia de diversão com a mãe.
“Ecoa a época em que eu e a minha mãe estávamos a sair de um concerto e uma mulher lhe chamou preta porque ela estava a demorar demasiado para sair do parque de estacionamento. Lembro-me de sentir a pele a ferver. De como queimou o ar à minha volta”.
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Meghan e a mãe
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Meghan e o pai
A atriz termina o texto em forma de agradecimento a todos os pioneiros que lideraram o caminho na luta por um mundo melhor.
“A Martin Luther King Jr., a Harvey Milk, a Gloria Steinem e a Cesar Chavez, aos meus pais por se escolherem um ao outro não ‘pela cor da pele, mas pelo conteúdo do caráter’, a todos os campeões da mudança: Obrigada”.