Francia Raisa já tinha falado sobre as complicações de ter sido a dadora do rim que permitiu salvar a vida de Selena Gomez, mas nunca de uma forma tão detalhada, como fez em entrevista à revista ‘Self’.
Recorde-se que a cantora sofre de lúpus, uma doença crónica e autoimune, e precisou de receber um rim com urgência no verão de 2017. Quando soube do estado de saúde crítico da amiga, Raisa prontificou-se a ajudar.
“Obviamente que vou fazer os testes de compatibilidade, tu és a minha melhor amiga, a minha irmã”, disse a Gomez.
A atriz soube que era possível avançar com a cirurgia quando Selena lhe telefonou e disse de forma entusiástica: “Somos compatíveis!”. Depois da chamada, Francia ligou imediatamente à sua Assistente Social, membro de uma equipa multidisciplinar responsável por apoiar emocionalmente os pacientes e as suas famílias, que não poupou na dureza das palavras.
“Vai ser duro. Quem recebe o órgão vai ficar resplandecente e recuperar muito mais rápido que o dador. Ela vai receber algo de que necessita e tu vais perder algo que não precisas de perder. Vai ser muito complicado”, explicou a assistente.
Francia confessou que acabou mesmo por ser um processo difícil e que ambas “passaram por uma depressão”. A estrela da série ‘A Vida Secreta de Uma Adolescente Americana’, que sempre se considerou uma pessoa muito ativa, viu a sua vida mudar nos meses que se seguiram ao transplante: precisava de ajuda para tomar banho, não podia fazer exercício físico e era incapaz de levar o seu cão a passear.
A atriz confessou que “”foi o ano mais louco” da sua vida. Mudou de casa, doou um rim, passou a integrar o elenco da nova série ‘Grown-ish’ e começou a namorar com o cinematógrafo Chris Adkins. Quando às suas cicatrizes, no final das contas, encara-as de uma forma positiva.
“As tuas cicatrizes não te definem. Fazem parte da tua história. São parte da história que fazem de ti alguém especial e diferente”.