Qualquer fã de O Sexo e a Cidade já deu por si a pensar como era possível Carrie Bradshaw viver sozinha num apartamento fabuloso em Manhattan, andar de táxi para todo o lado, jantar fora com frequência, ter um brunch ou noitadas regadas a Cosmopolitans todas as semanas e, acima de tudo, alimentar o seu vício em sapatos Manolo Blahnik quando a sua única forma de sustento era uma coluna semanal num jornal.
Ora bem, a resposta tardou mas chegou.
Quinze anos após a transmissão do episódio ‘Ring a Ding Ding’, no qual a protagonista se vê obrigada a comprar o apartamento em Nova Iorque para não o perder de vez (e recebe um empréstimo da amiga Charlotte), Amy Harris, roteirista e produtora da série, falou sobre o estilo de vida extravagante e pouco realista da personagem.
“Se as pessoas estavam chateadas e detestavam que a Carrie tenha feito aquilo, eu estou em paz com isso,” disse à CNBC. “Eu e a Sarah Jessica [Parker] falámos sobre isto: acreditamos que a Carrie pagou de volta à Charlotte. Foi um empréstimo, não um presente, portanto ela teve de aprender a poupar um pouco e a não gastar tudo em sapatos e roupas,” continuou. “Na minha cabeça, ela teve de reconhecer todas as más escolhas que fez e que o facto de não ter poupado um tostão foi um grande erro, e portanto teve de viver com isso. A Carrie aprendeu uma lição. Acredito que ela de sentou todos os meses para passar um cheque à Charlotte.”
Harris também admitiu que os hábitos de Carrie dividiram a equipa de roteiristas.
“As pessoas são engraçadas no que diz respeito a dinheiro. A maior briga que alguma vez tivemos foi sobre dinheiro – esse era um grande debate. O dinheiro é uma coisa muito complicada. A Carrie gastava-o bem em coisas de que gostava e, por sorte, tudo correu a seu favor – adoro finais felizes.”