Michelle Obama admitiu que os tempos que correm estão a afetar a sua saúde mental.
A antiga Primeira-dama dos Estados Unidos revelou que tem “lidado com algum tipo de depressão de baixo grau” não só por causa da pandemia, mas também devido à tensão racial que se vive no país e à atuação da Administração Trump, nas suas palavras, marcada pela hipocrisia.
A mulher de Barack Obama fez estas declarações, que se tornaram virais, em conversa com a jornalista americana Michele Norris no segundo episódio do seu podcast homónimo no Spotify. Depois de falar no caso de George Floyd, cuja morte sob custódia da polícia de Minneapolis desencadeou uma série de protestos nacionais e internacionais, revelou que passou a ser “exaustivo” acordar diariamente com “mais uma história de um homem negro, ou de uma pessoa negra, a ser desaumanizado de alguma forma, ou ferido, ou morto, ou falsamente acusado de algo”.
Obama acrescentou ainda que esta combinação de fatores “levaram a um peso que já não sentia há muito tempo”, sendo que passou a ter dificuldades em dormir. Dada a repercussão das suas palavras, recentemente, recorreu ao Instagram para assegurar que está bem e sublinhou que não há problema em reconhecer que o estado do mundo pode afetar a saúde mental.
“A ideia de que aquilo que se passa neste país não deve ter qualquer impacto em nós – que todos devemos estar bem o tempo todo – simplesmente não me parece verdadeira. Portanto, espero que estejam a permitir-se sentir o que quer que estejam a sentir”.