Porque é que a relação sogra-nora é tão complicada?

A relação de Victoria Beckham com Nicola Peltz (ou a falta dela) tem feito correr muita tinta na imprensa internacional. 

Ao que tudo indica, sogra e nora não se dão bem. Uma fonte revelou ao Page Six que o casamento da modelo com Brooklyn Beckham está na origem dos problemas, uma vez que Peltz terá decidido manter a mãe do marido afastada dos preparativos para o grande dia — incluindo da escolha do vestido de noiva, que não recaiu sobre um design Victoria Beckham, como se esperava, mas sim sobre uma criação Valentino Couture.

Os sinais de problemas não ficam por aí. Recentemente, a estilista parabenizou o filho mais velho por aparecer em grande destaque na revista Vogue, uma capa que o jovem partilha com a mulher. Porém, Victoria escolheu uma das poucas fotografias da produção em que o primogénito surge sozinho e nunca mencionou Nicola na mensagem especial.

Porque é que a relação sogra-nora é tão complicada?

Elizabeth Dorrance Hall, diretora do Laboratório de Comunicação e Relacionamentos Familiares da Universidade Estadual do Michigan, nos Estados Unidos ensino, é bem capaz de ter a resposta para esta pergunta.

Num artigo para a revista Psychology Today, a especialista explica que, de acordo com estudiosos do tema, as relações com parentes por afinidade enfrentam pelo menos três desafios que levam a dificuldades na comunicação e em manter as interações num estado positivo.

1. 1. São relações omnipresentes 

      Dos sogros aos cunhados, toda a gente tem parentes por afinidade. Algumas pessoas presumem que essas relações não serão de proximidade e, como tal, podem considerar que não vale a pena investir nelas. Além disso, também podem supor que o parceiro ou o irmão fará o trabalho de manutenção do relacionamento por elas.

   2. São relações triádicas

      A própria natureza destas relações dita que há três pessoas envolvidas, sendo que duas delas se conhecem há mais tempo e uma é nova na equação. Além desse ajuste, a relação existente e mais antiga também passa por mudanças.

      Por exemplo, quando um homem se casa com uma mulher, a noiva ganha uma sogra e a sogra ganha uma nora. A relação nora-sogra é novidade e a relação mãe-filho também muda. Isto porque o homem em questão tem uma nova mulher presente na sua vida, que está a assumir alguns papéis e responsabilidades que cabiam à progenitora. Uma mudança de dinâmicas pode parecer ameaçadora para a mãe. 

   3. São relações involuntárias
      
      Regra geral, os parentes por afinidade não se escolhem uns aos outros; são unidos na vida por um terceiro elemento. Embora a maioria dos elos entre familiares biológicos sejam considerados não voluntários, os indivíduos tendem a pensar nas ligações à “família de origem” de uma forma diferente.
      
      Normalmente, as pessoas tomam os elementos da família biológica como garantidos e esperam amor incondicional. Por conseguinte, quando esses familiares as magoam, é menos provável que cortem relações com eles.