A duquesa da Cornualha tornou-se o centro das atenções no dia 6 de fevereiro de 2022, data em que a rainha Isabel II celebrou o Jubileu de Platina e aproveitou a ocasião para refletir sobre o futuro da Coroa, expressando que gostaria que a nora se torne rainha consorte quando o filho mais velho, Carlos, subir ao trono.
“Tive a sorte de ter no príncipe Philip um parceiro disposto a desempenhar o papel de consorte e a fazer desinteressadamente os sacrifícios que isso implica. Quando, na plenitude dos tempos, o meu filho Carlos se tornar rei, sei que lhe darão, e à sua mulher, Camilla, o mesmo apoio que me deram. Quando chegar a hora, que Camilla seja conhecida como rainha consorte enquanto continua o seu leal serviço”.
Com o desaparecimento físico da monarca, a 8 de setembro, cumpre-se o destino do príncipe Carlos, agora rei Carlos III, e da companheira de uma vida.
Três num casamento
Carlos e Camilla tiveram um relacionamento pouco convencional desde o início. Embora os biógrafos reais digam que foi amor à primeira vista quando se conheceram, no início dos anos 70, a verdade é que tiveram de ultrapassar muitos obstáculos para viverem esta história de amor.
Na impossibilidade de ficarem juntos na juventude, por recusa da Coroa, Camilla trocou alianças com o oficial militar Andrew Parker-Bowles em 1973 e, em 1981, o príncipe britânico casou-se com Diana Spencer. Porém, nunca deixaram de gostar um do outro e mantiveram uma relação extraconjugal por três décadas. A própria Lady Di disse-o, numa entrevista polémica concedia ao jornalista da BBC Martin Bashir: “Éramos três num casamento, portanto estava um pouco lotado”.
Enfim casados, 30 anos depois
Camilla divorciou-se de Andrew Parker-Bowles em 1995, depois de Carlos ter admitido numa entrevista que teve um caso extraconjugal com a mulher que amava desde a adolescência.
O príncipe de Gales separou-se da mulher em 1992 — o divórcio ficou finalizado quatro anos depois —, deixando o caminho livre para viver oficialmente um romance com a amada. Após a morte de Diana em 1997, o herdeiro ao trono teve de enfrentar a mãe, Isabel II, e a Igreja Anglicana para realizar o sonho de subir ao altar com Camilla.
O tão sonhado casamento, uma discreta cerimónia civil, teve lugar no dia 9 de abril de 2005 em Windsor Guildhall.
17 anos de casamento na sombra
Nos últimos 17 anos, Camilla passou de impopular a respeitada pelos ingleses. Manteve-se na sombra do marido, sem protagonizar escândalos ou fazer declarações polémicas, como aconteceu com outros elementos da realeza britânica. Uma postura que terá agradado ao público.
Além disso, conseguiu conquistar o coração da sogra. No dia do casamento com Carlos, recebeu de Isabel II o título de Sua Alteza Real Princesa de Gales, Duquesa da Cornualha e Rothesay, Condessa de Chester a Carrick, Baronesa de Renfrew, Senhora das Ilhas, Princesa da Escócia. Agora, será rainha consorte do Reino Unido, provando que a discrição compensa.