Depois de uma polémica nacional que envolveu Maria Botelho Moniz e Cristina Ferreira, o assunto da vez é o corpo da estela pop americana Ariana Grande. Não devia acontecer e a própria explica porquê.
A cantora publicou um vídeo de três minutos no TikTok, no qual comenta a especulação crescente em torno da sua imagem e saúde. Uma reação pública e rara que surge após os fãs considerarem que esta parecia “demasiado magra” em fotografias recentes.
“O corpo com o qual comparam o meu corpo recente era a versão menos saudável do meu corpo”, revela, referindo-se ao seu aspeto no início de 2020. “Eu tomava muitos antidepressivos, consumia bebidas alcoólicas, alimentava-me mal e estava na pior fase da minha vida quando tinha a aparência que vocês consideravam saudável. Na verdade, não era”.
Enquanto figura pública, cujo corpo é alvo de grande escrutínio, Grande pediu aos fãs para não comentarem a aparência de terceiros, sublinhando que existem outras formas de elogiar alguém. “Nunca sabemos aquilo por que os outros estão a passar (…) Portanto, sejam gentis com os outros e convosco próprios”.
Palavras que magoam
Os especialistas concordam: fazer comentários sobre a aparência de terceiros, independentemente das intenções, não só é inconveniente como magoa. Mais importante ainda, adverte a psicóloga Rachel Goldman, pode ser um gatilho e despontar hábitos nocivos para o bem-estar físico e emocional.
“Infelizmente, nem sempre vemos aquilo com que os outros estão a lidar. Como Ariana, que não partilhou que tomava antidepressivos e tinha maus hábitos alimentares, nem tinha de o fazer, mas as pessoas presumiram que era saudável somente com base na aparência dela”, explica ao BuzzFeed News. “Além diso, Grande é uma figura pública e, apesar de parecer que tem a vida toda em exibição, não é o caso. Ela também tem sentimentos, emoções, lutas, e é importante que as pessoas se lembrem disso”.
Ariana Grande não nos deve justificações sobre o próprio corpo, mas foi obrigada a dá-las, à semelhança do que aconteceu com Maria, Cristina e Selena. Empatia e noção procuram-se.
