Com o regresso ao trabalho e à escola, é tempo de retomar rotinas. Regra geral, este período está associado a elevados níveis de stress, devido aos novos desafios profissionais, aos novos ritmos e, agora, às novas medidas laborais. Não obstante, ainda é necessário articular estes desafios com as diferentes dinâmicas familiares, uma vez que setembro é sinónimo de mais um ano letivo a começar e implica uma gestão de tarefas bem planeada.
Além dos fatores já enunciados, existem outros que podem desencadear situações de stress, que, por vezes, se arrastam por longos períodos, como por exemplo: a instabilidade profissional, o desemprego, a entrada na reforma, a sobrecarga de tarefas ou também a atual pandemia que vivemos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o stress é definido como um estado de desequilíbrio físico e/ou mental, resultante de uma resposta natural do nosso organismo. Os seus sintomas podem dividir-se em grupos, tais como: sintomas cognitivos, sintomas físicos, sintomas emocionais e alterações comportamentais.
Os sintomas cognitivos manifestam-se através de dificuldades de concentração e de memória, pensamentos desordenados. Pensar de forma negativa, perante alguma situação ou acontecimento, é também uma das sintomatologias associadas ao stress.
A nível dos sintomas físicos destacam-se as enxaquecas, a elevada tensão muscular, que pode resultar em dor nos músculos e nas articulações; as insónias, a diminuição do desejo sexual e também as acentuadas oscilações de peso. A nível de sintomas emocionais fazem parte os sentimentos negativos, tais como como a agitação, a extrema irritabilidade, a sensação de isolamento e tristeza (vazio, solidão).
Já as alterações comportamentais verificam-se quando um indivíduo está sujeito a longos períodos de stress. É comum ocorrer uma alteração de apetite, que pode manifestar-se através de comportamentos compulsivos como comer excessivamente, ou pelo contrário, comer muito pouco.
O stress é evitável: aprenda a geri-lo
Reconhecer os principais sintomas, é essencial para prevenir futuras complicações, que podem surgir sob a forma de doenças cardiovasculares, disfunção sexual, complicações gastrointestinais, obesidade ou distúrbios alimentares, problemas de pele e cabelo, como o aparecimento precoce de rugas ou calvície. Nas mulheres é ainda frequente existirem alterações hormonais, como problemas menstruais.
Desta forma, para gerir as situações de stress:
- Dedique pelo menos 30 minutos do seu dia a fazer uma atividade física.
Está comprovado que a prática de exercício físico liberta endorfinas, hormonas responsáveis por melhorar o estado de humor e contribuir para a redução dos níveis de stress.
- Pratique uma alimentação equilibrada.
Opte por escolhas saudáveis e alimentos que contribuam para a redução de stress. Alimentos ricos em magnésio (cajus, amêndoas, cereais integrais), proteínas (carne, peixes, ovos) ou ainda vitamina C (goiaba, pimentos, citrinos, kiwi) são uma boa aposta. Por outro lado, deve evitar alimentos processados, fritos, refrigerantes ou bebidas com cafeína.
- Durma melhor.
Há quanto tempo não dorme 8 horas? Sabia que a falta de descanso é dos maiores potenciadores de distúrbios mentais, como por exemplo, a bipolaridade? Pela sua saúde durma, no mínimo 7 horas por noite, diariamente.
- Faça pequenas pausas.
Aproveite o tempo livre para se dedicar a atividades que lhe proporcionem bem-estar, sentir-se-á mais feliz e com maior produtividade para enfrentar possíveis situações de stress.