Todos os anos, mais mulheres são vítimas de doenças cardiovasculares em Portugal. No nosso país, a incidência do enfarte agudo do miocárdio continua a ser elevada. Esta realidade deve-se, em muito, ao estilo de vida contemporâneo, com a prevalência de uma alimentação menos cuidada. Também o tabagismo tem aumentado essencialmente nas mulheres jovens, o que está associado a um maior risco cardiovascular, nomeadamente o enfarte do miocárdio nessa faixa etária.
Além disso, também os fatores de risco como hipertensão, dislipidemia, diabetes, menopausa, excesso de peso e sedentarismo contribuem para o aumento do risco de desenvolver a doença. É por isso necessário sensibilizar as mulheres para o enfarte agudo do miocárdio, como preveni-lo e como reconhecer os sintomas.
Os sintomas mais comuns de enfarte são a dor no peito, por vezes com irradiação para o braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica (112) e esperar pela ambulância. A pessoa deve evitar tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios.
Apesar das diferenças nos fatores de risco entre homens e mulheres, a prevenção deve ser a mesma: praticar exercício físico, não fumar, ter uma alimentação saudável e consultar um médico regularmente.
O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes.
A ação “O enfarte também é feminino” está inserida na Campanha “Cada Segundo Conta”, promovida pela Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), que tem como objetivos promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce.
A APIC, uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular. Para mais informações sobre esta campanha consulte www.cadasegundoconta.pt
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