Segundo o relatório anual da Federação Mundial de Obesidade, em 2035, Portugal terá cerca de 39% de adultos com obesidade, um aumento de 2,8% por ano.
Assinala-se hoje, 4 de março, o Dia Mundial da Obesidade. Uma data que exige cada vez mais ma maior reflexão, procurando medidas ou soluções a longo prazo que sejam verdadeiramente transformadoras e permanentes.
Se os números continuarem a aumentar, em 2040, metade da população adulta será obesa. Mas se falarmos em excesso de peso, esse número já é cerca de 68%. Nas crianças, 1 em cada 3 já apresenta excesso de peso.
É cada vez mais importante apostarmos na promoção da saúde e prevenção das doenças e não esperar que elas apareçam para atuar.
Na obesidade, todos sabemos em que frentes devemos atuar: ter uma alimentação saudável e equilibrada, fazer exercício físico regular (segunda a OMS no mínimo 150 minutos por semana), número de horas de sono adequadas à idade, beber cerca de 2 litros de água por dia.
Além da obesidade por ingestão de excesso de calorias e sedentarismo, há outros fatores que a podem instigar: a idade, a gravidez, a medicação, distúrbios alimentares e comportamentais, pressão social, entre outros.
Apesar de sabermos isto, há um enorme estigma em relação à obesidade. As pessoas continuam a ser julgadas, consideradas culpadas da sua condição e discriminadas. Vários estudos demonstram-nos que o estigma tem consequências negativas para a saúde física e mental.
A obesidade é complexa e é importante que haja o seguimento por uma equipa multidisciplinar. O paciente precisa de ser orientado e acompanhado nas diferentes necessidades, não só pela obesidade em si mas também pelos riscos acrescidos que esta condição trás para o aparecimento de outros problemas de saúde.
Na Power Clinic, a Nutricionista Mafalda Ribeiro, realiza um trabalho de equipa com as restantes áreas clínicas de forma a acompanhar as pessoas com excesso de peso de forma individual e integrada.
Nunca é demais relembrar que este trabalho de sensibilização deve começar em casa e nas escolas para que as crianças de hoje sejam adultos saudáveis e respeitosos do próximo.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a ACTIVA nem espelham o seu posicionamento editorial.