São muitos, uns de melhor gosto que outros, claro, mas sempre com abordagens descomplexadas a um tema que foi por demais alvo de preconceitos ao longo de séculos. Para descobrir a dois, claro, em alguma das mais cosmopolitas capitais mundiais.
Na Rússia, o ex-libris que tornou mundialmente famoso o Museu do Sexo , em São Petersburgo, é, nada mais nada menos, do que o pénis de Rasputin, o famoso monge que se tornou próximo do czar Nicolau II e da czarina Alexandra e que foi assassinado em 1916. Segundo reza a história, o influente monge era extremamente ‘bem dotado’, de tal forma que o pénis lhe terá sido amputado pelo homem que o matou e, posteriormente, conservado em álcool. A família do homicida, ao ver-se com problemas de ‘fluidez financeira’, terá acabado por vender esta recordação à irmã do religioso, a qual, vendo-se também necessitada de dinheiro, o vendeu em 1970, ao fundador do museu, o cientista Igor Knyazkin, que dotou o museu com mais de 15 mil modelos de órgãos sexuais, com intenções… pedagógicas!
Os nórdicos são por natureza mais contidos (pelo menos na aparência!) e, em Copenhaga, na Dinamarca, existe um Museu do Erotism o, cuja abordagem é mais "cultural", especializando.se na pesquisa sobre a vida privada de celebridades como Hans Christian Andersen, Sigmund Freud e Onassis. Além disso, oferece um vasto espólio de objectos de arte – quadros, esculturas, fotografias – que têm o sexo e o erotismo como mote comum, a que se juntam postais, revistas, vídeos e sex-toys.
Já na cidade de Berlim, foram necessarios quatro pisos para albergar o Beate Ushe, que se assume como um dos mais completos museus de erotismo do mundo, contando com um total de quase 5 mil peças: pedras preciosas usadas em arte erótica, gravuras japonesas e pinturas em seda da China do século XVIII. Neste museu também funciona um cinema que exibe filmes eróticos, mudos, da década de 1920.
O mais antigo museu do sexo surgiu na liberal Amesterdão, há vinte e quarto anos atrás, e foi baptizado com o sugestivo nome de Temple of Venus (Templo de Vênus). O museu fica no famoso bairro da Luz Vermelha, vizinho de sex shops e das famosas vitrines em que se exibem as prostitutas. Neste espaço, podem-se observar cartões, postais, fotografias e livros que são autênticos odes ao prazer carnal, isto sem esquecer um andar repleto de objetos e cenas sadomasoquistas. Logo à entrada, tem à sua espera uma boneca virtual em tamanho natural que a cumprimenta com um simpático ‘ Hello ‘!
Na capital da Catalunha, não há visitante que abdique de uma espreitadela ao Museu de l’Eròtica
, onde há uma divertida colecção de amuletos fálicos do século XIX que se acreditavam ajudar na fecundidade, um conjunto de porcelanas chinesas com pinturas extremamente eróticas, alguns exemplares de cintos de castidades, fotografias de tatuagens sexy e um acervo de imagens de pin-up que abrange os anos de 1900 a 1970, entre muitas outras preciosidades.
Em Nova Iorque, abriu portas recentemente o Museum of Sex, cujo site é quase tão interessante como uma visita real a este espaço, situado na paradigmática Quinta Avenida. E se alguns o apelidam de "púdico" quando comparado com os seus congéneres europeus, o certo é que foram necessários cinco anos de preparação antes de se abrirem ao público os dois andares, que apresentam uma história da evolução da sexualidade na Big Apple. YC Sex: How New York City Transformed Sexin America (Como Nova York Transformou o Sexo nos Estados Unidos) é a exposição que pode ver actualmente.