
O estudo, uma parceria entre a APSI e o operador imobiliário Century 21, revela ainda que mais de 40 mil crianças e jovens foram internados em consequência de quedas graves – o que significa uma média diária de nove casos. A maior parte das mortes ocorreu em crianças e jovens do sexo masculino, sendo que a maioria dos casos (24) se deu entre os 15 e os 19 anos, seguidos da faixa entre um e 4 anos (19 casos). Os internamentos são mais comuns em crianças até aos nove anos.
De salientar que 31% das mortes e 16% dos internamentos resultaram de quedas de edifícios ou de outro tipo de construção, sobretudo em casa e na escola. Varandas e janelas desprotegidas são os locais de perigo que mais originaram este tipo de acidentes.
As conclusões da APSI apontam para o facto da construção em Portugal não salvaguardar ainda a segurança infantil de forma eficiente. A associação defende que casas e escolas devem ser construidas ou adptadas à medida das crianças. A colocação de guardas eficazes em varandas e terraços e de limitadores de abertura nas janelas (abertura até 9cm) são medidas essenciais para a prevenção eficaz.
Sandra Nascimento, presidente da APSI, considera estes números inaceitáveis. "Portugal já tem uma norma para guardas mas esta ainda não é tida em conta pela maior parte dos projetistas e autarquias. O país precisa urgentemente de uma legislação que a torne obrigatória."