
– Não lhe vista o casaco: Os bebés têm geralmente o mesmo termostato da mãe. Portanto, se você tem calor, imagine como ele se sente se o enche de camisolas…
– Não esqueça a t-shirt: Andar na praia não é sinónimo de andar nu, principalmente se está um calor de torrar, acordou tarde e só abancou no areal já o sol vai alto… Não se esqueça do protetor solar, mas o melhor protetor de todos continua a ser uma t-shirt. Na mala de praia, não esqueça de lá pôr uma t-shirt clara (para afastar o sol) e uma toalha escura (que absorve o sol, para não atirar os raios de chapa para os nossos olhos…).
– Não o faça andar limpinho – Nódoa de relva nos joelhos? Calças verdes em vez de azuis? Guarde as calcinhas de marca que lhe comprou e compre-lhe antes umas na feira, com as quais ele possa correr, saltar e atirar-se para o chão. Imagine se o Figo jogaria alguma coisa de jeito se estivesse constantemente preocupado com as nódoas no equipamento…
– Não o leve de carro sem cinto – Sabia que a principal causa de morte de crianças e adolescentes é a falta de proteção no automóvel? Esqueça os grandes dramas porque ele não come a sopa e preocupe-se mais em verificar se ele leva ou não o cinto.
– Não o deixe andar de bicicleta sem capacete – Já reparou na velocidade a que eles andam de… triciclo? Os ases das rodinhas devem andar bem protegidos.
– Não o obrigue a comer o bife – Não quer? Não come. Não calcula as batalhas campais que se poupam com esta filosofia. Claro que também não come doces pelo meio, não é… E não o encha de ‘snacks’ cheios de gordura e açúcar só porque são mais práticos de transportar. Prefira pão com queijo e fruta.
– Não o eduque para antissocial – A sua criancinha é do estilo que anda pela praia meia zonza a chocar com as pernas de todos os outros banhistas? Não faça vista grossa: coragem, eduque-a. Explique que a praia é de todos e que não pode andar a correr como se não houvesse mais ninguém à face da Terra. Claro que um antissocial não se reforma num dia, mas com paciência, vai lá.
– Não o ponha a fazer trabalhos de casa – Tenha paciência. Mesmo que ele não tenha feito nenhum o ano inteiro, tenha tido umas notas de ir às lágrimas, e ostente orgulhosamente um curriculum que é um desastre, não o ponha a aprender inglês nem a fazer exercícios de matemática nas férias. Primeiro, porque ninguém aprende com a cabeça cansada. Segundo, porque não é num mês de verão que se vai recuperar um ano de atraso. E depois porque é absolutamente inútil: ninguém põe matéria em dia quando o sol brilha e os amigos estão à sombra da bananeira. Pode levar uma criança às aulas mas não pode enfiar nada na cabeça dela se ela não quiser. Em setembro, uma semana antes de começarem as aulas, ele ainda vai muito a tempo de entrar na onda escolar, e aí podem planear com mais calma uma estratégia para subir notas.
– Não o obrigue a fazer voluntariado – Voluntariado é isso mesmo: trabalho voluntário. E voluntário quer dizer de vontade própria. Ou bem que se vai de vontade própria ou bem que se vai obrigado. Se ele quer passar o verão estendido na areia sem fazer nenhum, está no seu direito. O que pode fazer é sugerir algumas atividades que eles possam fazer, e ajudá-los a investigar aquela que mais lhes interessa. Nem todo o voluntariado é limpar praias, há muita coisa em que eles podem ajudar. Informe-se no http://www.voluntariadojovem.pt/, por exemplo.