Cada vez temos menos tempo para estar com os nossos filhos. O trabalho ocupa-nos até desoras e quando chegamos a casa já só temos energia para os ralhetes do costume. Há que fazer um esforço para lhes incutirmos também alguns hábitos saudáveis. Se queremos que eles cresçam bem física e emocionalmente, a melhor técnica não é repetir até à exaustão “Francisco, vai lavar os dentes”, é fazê-los compreender a razão das coisas…
1. Praticar desporto é divertido
Claro que fazer exercício físico ajuda a manter o corpo em forma, a evitar a obesidade e a desenvolver capacidades motoras. Mas, mais do que isso, liberta endorfinas, que ajudam a manter o bom humor, o que não é nada de desprezar se ajudar a evitar umas birras. E nunca é demasiado cedo para os habituar a mexerem-se em vez de passarem o dia inteiro à frente da TV. Envolva toda a família: que tal pegarem nas bicicletas para dar um passeio?
E fazer uma caminhada em conjunto?
2. Lavar bem as mãos é fundamental
Só este pequeno gesto – várias vezes ao dia e após espirrar e tossir – pode evitar muitas constipações. Explique-lhes que é importante lavar bem as mãos para matar os germes (pode até fazer uns bonequinhos com umas caras feias para ajudar a visualizá-los) que fazem mal e arranje um jogo para cada dedo, para que se torne um ritual divertido. Assim, eles não se irão esquecer nem se irão limitar a passar as mãos por água em dois segundos.
3. Comer os ‘verdes’ dá-nos a força do Popeye
Comer a sopa não tem de ser um castigo e a salada pode ser divertida… mas os pais têm de dar o exemplo, porque eles aprendem por imitação. Se lá em casa ele é o único a comer fruta e ‘verdes’, é natural que faça cara feia cada vez que se aproxima da mesa com um prato que se assemelhe à sopa do Popeye. Se eles se queixam do gosto, torne-as mais saborosas, varie, basta consultar revistas de culinária.
4. Temos de aprender a lidar com o stresse
Stresse na infância? Então não se lembra dos testes e do miúdo rufia que nos ameaçava no corredor? A arte de ultrapassar a ansiedade e resistir às frustrações aprende–se desde cedo. O seu filho tem alguém que embirra com ele? Fale com o professor; quando são pequeninos é quanto basta. Teve uma nota baixa? Acontece a todos! Não vale a pena ficar a matutar sobre o assunto: estuda mais para a próxima e o teste corre melhor. Ensine-lhes técnicas de relaxamento. Uma simples e engraçada é fazerem juntos bolas de sabão durante cinco minutos. Têm um animal de estimação? Façam-lhe festas, brinquem com ele. São rituais simples que ajudam a desviar a atenção da frustração e a relaxar.
5. Brincar na rua, sim,mas bem protegidos do sol
A exposição ao sol danifica a pele deles, que é ainda mais frágil do que a nossa. Pode ser difícil convencê-los de que é bom esfregar uma coisa peganhenta no corpo, mas se os pais também o fizerem irão achar o acto normal e não fazem fitas. Peça ajuda a familiares afastados ou ao pediatra. Às vezes, ao ouvirem conselhos de ‘estranhos’ ficam mais receptivos e é menos provável que façam orelhas moucas.