– Para perceber o que está mal na sua relação: Lindsey Palmer, redatora da revista ‘Redbook’ chama-lhe ‘desintoxicação sexual’. “Às vezes é preciso tirar o sexo da equação entender os problemas que ele pode estar a mascarar na sua relação. Se tem sexo porque se sente obrigada a isso, se finge orgasmos, ou se desligou dele porque já não sente interesse, pode ser útil fazer uma pausa para perceber porque é que isso está a acontecer.”
– Porque também se tira prazer do romance. O flirt, a sedução e aquele tempo de pura tensão sexual, antes de se conhecerem sexualmente, pode ser delicioso. Não que o sexo a desiluda depois, mas o tempo para o romance é essencial e abre o apetite para o que vem depois.
– Quando terminou uma relação há pouco tempo. As mágoas de uma relação que acabou há pouco tempo não se curam mais facilmente tendo sexo com um novo parceiro rapidamente. Muito menos para se vingar do ex. As feridas continuarão por cicatrizar, os fantasmas por exorcizar e os erros por corrigir. É bom perceber que se pode ser amada outra vez mas, melhor ainda, é aprendermos a reerguermo-nos pelo próprio pé.
– Uma pausa pode revitalizar a paixão. Há alguns anos, a autora Cheryl Jarvis escreveu o polémico livro ‘The Marriage Sabbatical: The Journey that Brings You Home’, no qual aconselhava os casais a fazerem o que chamou “uma pausa sabática no casamento”, três meses de afastamento para que cada um pudesse dedicar-se aos seus interesses, como escrever um livro ou viajar, e ver a relação de um ponto de vista mais objetivo. No regresso iriam redescobrir-se um ao outro e apreciar muito mais a companhia do parceiro. Não é um conselho que sirva a toda a gente e três meses, convenhamos, é muito tempo. Mas a redescoberta do outro ou do prazer perdido, pode ser uma vantagem desta estratégia. Sobretudo quando se percebe que as saudades batem e que sentimos mesmo a falta dele.
– Superar uma disfunção sexual sem abdicar da sexualidade. A penetração é importante no sexo, mas não é tudo. E os homens são educados, desde cedo, para serem máquinas neste aspeto e ensinados que a penetração é sinónimo de virilidade. Uma das estratégias recomendadas por alguns terapeutas sexuais passa pela abstinência da penetração, de modo a retirar-lhe a pressão psicológica da performance, que muitas vezes só atrapalha. Durante um mês, por exemplo, todas as formas de erotismo entre o casal são permitidas, menos as que envolvam o contacto dos órgãos genitais. Depois, aos poucos, descobrem-se novos prazeres eróticos e a penetração pode voltar, muito mais livre de pressões tirânicas.
– E se ele tem um lado negro com o qual não consegue conviver?
Às vezes, é melhor demorar algum tempo a conhecer um pouco mais dos interesses, credos de vida e personalidade de um novo interesse romântico, antes de saltarem diretamente para os prazeres da carne. Uma lição que Ana, 28 anos, descobriu a muito custo. Conheceu um rapaz, houve um clic instantâneo e muita química. Depois de umas saídas, resolveram passar ao nível seguinte. Uns dias mais tarde, enquanto discutiam uma notícia de jornal, ele saiu-se com uma tirada xenófoba sobre imigrantes. Afinal, tinha simpatias neonazis e isso fez com que ela se arrependesse de não ter sabido disso antes de terem feito sexo pela primeira vez.