O psicanalista John Gottman dedica-se há anos a estudar a química entre homens e mulheres, no seu ‘Laboratório do Amor’ em Seattle. No seu livro, ‘The Seven Principles for Making Marriage Work’ (tradução: ‘Os Sete Princípios para Fazer o Casamento Funcionar’), defende que, com base na capacidade de comunicação e em sentimentos profundos de amor e amizade, é possível concretizar o sonho de ‘viveram felizes para sempre’.
Estes são os mandamentos do especialista:
1. Reduza a ‘negatividade’ em termos emocionais. O que significa focar a atenção e a energia no lado positivo da relação, nas qualidades e não nos defeitos do parceiro e nos bons momentos partilhados.
2. Concentre-se na regra ‘trate os outros como gosta de ser tratada’. Se não aprecia certas atitudes, que lhe dirijam certas palavras palavras ou ser alvo de comentários negativos, não caia na tentação de se esquecer desse pequeno grande pormenor quando se trata do seu parceiro. Ofende-a ser chamada de ‘preguiçosa’? Ou que a acusem de algosem lhe darem possibilidade de se defender? Então, não faça o mesmo com o seu parceiro.
3. Não invente dramas onde não existem. É fácil, por insatisfações acumuladas, muitas vezes devido a razões não directamente relacionadas com o casamento, criar ‘tempestades num copo de água.’ Não o faça. Perspective as situações. Problemas a sério são perder o emprego ou sofrer de uma doença. Não o facto dele se ter esquecido de passar na lavandaria!
4. Analise o que se encontra por detrás dessa tendência. Muitas vezes, quer apenas que ele lhe diga que gosta de si, mas, em vez de conseguir passar-lhe a mensagem de uma forma directa (‘tive um dia dia terrível e preciso de mimo’), fica como que à espera que ele adivinhe. Como isso não acontece, inventa dramas e motivos de discussão onde não existem, muitas vezes como forma de lhe chamar a atenção.
5. Considere essa tendência para o melodrama como um mau hábito. Ou como um vício que exige disciplina para ser domado. Comece por dizer aquilo que sente em vez de ‘amuar’ ou de encontrar motivos para embirrar porque se sente carente ou triste.
6. Não escolha as palavras à toa. Seja construtiva na forma como diz as coisas. Não parta logo para acusações, não levante a voz nem use termos desagradáveis. Falar de uma forma amável age sobre o outro de forma quase imediata e em resposta vai abrir um canal para um diálogo calmo, ponderado e construtivo.
7. Lembre-se que amar é simples, mas para isso tem de ser livre de manipulações, jogos mentais ou agressões.