As irmãs Kardashian nunca tiveram medo de partilhar detalhes da vida privada. Portanto, não é surpresa que Kourtney, a mais velha da prole, seja aberta a explorar coisas novas. Numa publicação recente do site POOSH, a estrela cede a sua plataforma para explorar o tema da autossexualidade. Mas… do que se trata?
A terapeuta sexual Casey Tanner faz as honras ao explicar tudo no portal de lifestyle. “Se sentir-se sexy, independentemente de outra pessoa, alguma vez a excitou, isso é a autossexualidade e é completamente normal”, escreveu. Ou seja, os autossexuais são pessoas capazes de ficar estimuladas com o próprio erotismo.
“Como a maioria das características humanas, é um espetro – e a maioria de nós estamos nele! Alguns podem identificar-se exclusivamente como autossexuais e, nestes casos, é possível que considerem que esta é a sua orientação sexual”.
A autossexualidade é um termo que os investigadores têm dificuldade em definir, uma vez que ainda não existem muitos dados ou estudos sobre tema. O terapeuta sexual Bernard Apfelbaum foi o primeiro a a defini-lo, num artigo de 1989, usando-o para se referir àqueles que têm dificuldade em sentir excitação sexual com outras pessoas. Mais recentemente, a expressão passou a ser usada para descrever indivíduos que se sentem principalmente – e, às vezes, exclusivamente – atraídos pelos próprios corpos.
Há quem confunda este traço de personalidade, ou orientação sexual, com narcisismo. No entanto, é importante referir que estes conceitos não são sinónimos. O Transtorno da Personalidade Narcisista é um distúrbio diagnosticável, com sintomas que incluem um senso inflado do eu, uma necessidade constante de admiração e falta de empatia. Já a autossexualidade é diferente.
“Os autossexuais estão mais confortáveis sexualmente na própria companhia, enquanto os narcisistas anseiam por atenção”, explica Jennifer McGowan, investigadora da University College London, ao site da BBC.
No artigo para o POOSH, a terapeuta Casey Tanner afirma que muitos autossexuais temem que a preferência pouco conhecida possa prejudicar a atividade sexual com parceiros. Contudo, a especialista defende que esta pode ser uma parte saudável e até mesmo valiosa da vida íntima.
“Quando sabemos estimular-nos, dependemos menos de fatores externos para entrarmos num mood sensual. Quando fantasiamos connosco próprios, estamos em contacto com os nossos corpos e sentidos. É uma ferramenta adicional para acender o desejo e a paixão”.
A autossexualidade leva-nos para um espaço confortável e relaxado, no qual consideramos a nossa própria sexualidade atraente. Depender da nossa sensualidade, em vez de depender exclusivamente dos outros para nos excitarem, tem um poder profundo. Afinal de contas, tira a pressão do sexo a dois (ou com mais pessoas) e traz muito prazer aos nossos momentos a sós.
Onde quer que se encontre no espetro da autossexualidade, não há nada de errado nisso. Divirta-se!