Se tem dificuldades em em dormir, saiba que não está sozinha… e que o motivo pode estar bem mais próximo do que imagina.
De acordo com um estudo encomendado pela empresa britânica Bensons for Beds, que analisou dois mil casais heterossexuais, as mulheres dormem menos três horas por noite do que os seus parceiros. E mais: essas horas equivalem a 45 dias em claro por ano. Para 22% das inquiridas, esta realidade prende-se com o facto de a pessoa com quem dividem a cama ressonar bastante. Já outras participantes (14%) afirmam que tomam conta dos filhos, quando estes acordam durante a noite, enquanto os maridos e namorados continuam a dormir.
Ainda com base nos resultados, uma esmagadora maioria das respondentes (73%) confessa que se sente à beira da exaustão, devido ao cansaço acumulado durante a semana. Além das frustrações com os hábitos das caras-metades, o estudo aponta outros motivos que podem explicar a falta de sono coletiva das mulheres, incluindo uma diferença biológica.
“Faz sentido que homens e mulheres tenham necessidades de sono diferentes – nós somos muito diferentes em alguns aspetos”, afirma Stephanie Romiszewski, especialista em sono da Bensons for Beds. “Com as mudanças hormonais que vêm com a menstruação, gravidez e menopausa, as diferenças biológicas por si só são enormes. Com isso em mente, é realmente útil para nós adquirirmos alguns bons hábitos de sono que podem ajudar-nos a sobreviver.”
Esta perda de sono tem um impacto negativo nas mulheres. Muitas revelam que não se sentem atraentes depois de uma noite mal dormida e, nos casos mais graves, também há quem mencione sentimentos de depressão. De sublinhar que a falta de sono crónica foi associada a uma série de problemas de saúde, incluindo diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.
No que diz respeito às soluções, as camas separadas podem ser a melhor opção. Embora seja uma escolha pouco convencional, o estudo diz que três em cada cinco casais britânicos dormem em quartos separados – metade deles por causa dos roncos de um dos parceiros -, e quase dois em cada cinco afirmam que este método resulta em mais sono e menos discussões.