A maternidade pode ser um momento de transição bastante duro para as mulheres, em grande parte, porque não se sentem preparadas para muitos dos desafios que ela acarreta. E, em situações de co-parentalidade, certamente é um dos períodos mais desafiadores de uma relação.
Segundo o Instituto Gottman, que estuda relacionamentos há mais de quatro décadas, a falta de sono, as tarefas domésticas infindáveis e novas preocupações financeiras podem levar a um stress profundo e causar um declínio na satisfação com o casamento — tudo isto afeta os cuidados com o bebé. Sem surpresas, dados internos revelam que 69% daqueles que foram pais recentemente experienciam conflitos, desilusões e sentimentos magoados.
Ter uma comunicação aberta e clara com o parceiro e um ‘plano’ pode ajudar. Nunca é tarde para começar a ter estas conversas – mesmo depois de muitos anos juntos ou antes de terem mais um bebé. Os especialistas sugerem um exercício simples: cada um dos parceiros deve escrever entre três a cinco coisas de que gosta na forma como foi criado e que planeia incluir na parentalidade, bem como entre três a cinco coisas de que não gosta e que planeia evitar.
Esta poderá ser uma ótima forma de discutirem valores e estilos de parentalidade. A empresa especializada em relacionamentos, que também dá formação a psicanalistas, sublinha: “a maior prenda que pode dar ao seu filho é uma relação forte entre si e o seu parceiro”.