A adolescência de uma criança pode ser uma das fases mais desafiantes para as dinâmicas familiares.
Uma combinação turbulenta de puberdade, hormonas, anos de escola secundária e a crescente necessidade de independência pode ser a receita de um cocktail explosivo: todos os dias parecem uma batalha, às vezes, nas menores coisas.
“À medida que os nossos filhos tornam-se adolescentes, eles ganham muita independência”, diz a organização sem fins lucrativos americana Planned Parenthood. “Essa é uma parte normal e natural do crescimento. Mas, mesmo quando eles têm mais independência, é importante termos a mesma proximidade de quando eles eram crianças. Eles ainda precisam de nós para amá-los, guiá-los e divertir-nos com eles”.
Os benefícios da parentalidade positiva
Embora os adolescentes possam estar convencidos de que sabem tudo e têm idade suficiente para tomar as próprias decisões, a falta de experiência de vida pode impedi-los de fazer as escolhas certas. Os pais não conseguem estar por perto 24 horas, mas nada os impede de agir como figuras de autoridade e de confiança, com quem os filhos vão querer conversar.
Comunicar que entendem a independência adolescente dos filhos, mas quem manda são os pais, é importante para estabelecer limites saudáveis e criar uma estrutura familiar sólida. O objetivo é criar jovens adultos saudáveis e equilibrados, empáticos, que saibam distinguir o certo do errado, e orgulhar-se de si mesmos e das próprias habilidades. Pode parecer uma tarefa difícil, mas esta é a melhor fase para começar.
Eis cinco formas de melhorar a relação entre pais e filhos adolescentes, criando laços fortes e saudáveis dos dois lados.
- Apostar no tempo de qualidade
Quando uma criança entra na adolescência, de repente, torna-se menos ‘fixe’ sair com os pais. No entanto, o reforço da estrutura familiar pode ajudar a fornecer apoio e uma sensação de bem-estar aos jovens — e um potencial caminho para eles confiarem nos progenitores. A Washington Coalition of Sexual Assault Programs (WCSAP), uma organização sem fins lucrativos americana, que une agências envolvidas na eliminação da violência sexual, sugere atividades de união, como refeições em família (sem o televisor ligado ou telemóveis presentes); tarefas conjuntas; noites de jogos de tabuleiro ou voluntariado. Qualquer maneira de garantir que o seu filho saiba que está presente pode ser uma coisa boa enquanto ele passa por esta fase de desenvolvimento; - Dar um bom exemplo
Os adolescentes olham para os pais como modelos para os próprios comportamentos. Não precisa de ser uma santa, mas tenha consciência da quantidade de substâncias que consome em frente ao seu filho, incluindo álcool e tabaco, uma vez que ele pode replicar o que vê em casa com facilidade, acreditando serem hábitos aceitáveis; - Estabelecer limites
Pode ter um jovem adulto em casa, mas continua a ser a adulta principal e deve garantir que o seu filho não tem dúvidas relativamente a quem estabelece os limites. Se não o fizer — de forma calma e firme, claro — pode levá-lo a entrar na idade adulta com uma sensação desconexa de ter demasiada liberdade; - Ser respeitosa
Com a prevalência do bullying na Internet, os adolescentes têm mais com que se preocupar do que nunca relativamente a críticas e provocações. Isto pode parecer uma tortura para os mais sensíveis, sublinha a WCSAP. Não faça pouco do seu filho adolescente, independentemente do quão leves forem as piadas, e evite usar linguagem negativa ou depreciativa. Ouvir isto de uma figura parental pode prejudicar a autoestima dos jovens e fazê-los sentir-se infelizes e inseguros em casa; - Mostrar que se importa
É importante que os adolescentes se sintam apoiados pelos pais durante esse período turbulento. Mesmo que discutam, reserve tempo para pedir desculpa e sublinhar o quanto gosta do seu filho, independentemente de tudo. Foque-se na força e amor incondicional da unidade familiar, e encoraje-o a participar.