Quando pensamos em intimidade numa relação, a intimidade física tende a ser a primeira que nos vem à cabeça. Porém, segundo especialistas, o conceito vai muito além da conexão entre dois corpos.
“Intimidade é conhecer a pessoa com quem estamos em vários níveis que nos aproximam dela”, explica Tracy Dalgleish, psicóloga clínica, ao site The Zoe Report. “É uma sensação de ser visto e compreendido — emocionalmente, mentalmente, fisicamente e sexualmente.”
Portanto, para se sentirem o mais próximos, conectados e seguros possível numa parceria romântica, os casais devem promover cinco tipos de intimidade, diz Elizabeth Fedrick, coach de relações, ao mesmo portal.
“Quando os casais prestam atenção e esforçam-se nos cinco campos, em vez de só no físico, eles desenvolvem uma conexão, proximidade e aliança muito mais profundas”.
Os cinco tipos de intimidade necessários em relações
- Intimidade física
Além do sexo, abrange outras formas de toque, como abraços, beijos, dar as mãos, toques brincalhões, massagens nas costas ou outros tipos de atividade pele a pele. O toque entre parceiros libera uma hormona química chamada oxitocina, que também é liberta durante o orgasmo e resulta num maior vínculo e conectividade. - Intimidade emocional
Considerada o tipo de intimidade mais crucial, concentra-se na vulnerabilidade, na confiança e na comunicação honesta, criando uma parceria estável e segura. Uma forma de promover a intimidade emocional é com check-ins semanais da relação, agendados para o mesmo dia e horário todas as semanas. Com a duração de cerca de uma hora, servem exclusivamente para avaliar a parceria, explica a Dra. Fedrick. Isso inclui conhecerem-se num nível mais profundo, conversar sobre o que corre bem, explorar áreas que precisam de melhorias e colaborar em formas de continuar a fortalecer a relação. - Intimidade intelectual
Resume-se à estimulação mental entre um casal. Isso pode incluir conversas atenciosas, visitas a museus ou desafiar gentilmente as perspetivas um do outro. Por outras palavras, consiste em partilhar ideias e opiniões. Isto é importante porque evita que os parceiros fiquem estagnados na aprendizagem e no crescimento individual, mantendo a relação fresca e interessante. - Intimidade experimental
Não importa há quanto tempo estão juntos: coloque aventuras novas a dois (entre duas a quatro por mês) no topo da vossa lista de prioridades. Isso é conhecido como intimidade experiencial e, segundo a Dra. Dalgleish, cria uma sensação de conexão. A Dra. Fedrick acrescenta que mantém ambos os parceiros interessados e entusiasmados, evitando que a relação se torne chata, estagnada ou previsível. - Intimidade espiritual
A intimidade espiritual permite que os casais se conectem num nível mais profundo sobre algo maior do que eles, acrescentando outra camada de conhecimento mútuo. Segundo as especialistas, isto pode ganhar formas diferentes, dependendo do casal. Alguns exemplos podem incluir participar em práticas religiosas, prestar culto juntos ou ter conversas sobre crenças e valores espirituais. Dito isto, sublinha a Dra. Fredick, a intimidade espiritual não se limita a práticas religiosas, podendo incluir atividades de mindfulness, tais como meditação ou respiração guiada, que envolvem estar presentes e equilibrados juntos.