A fase inicial de uma relação pode ser inebriante.
“A atração pode turvar o cérebro e cegá-lo para as falhas de um parceiro”, explica a psicóloga Suzanne Degges-White à revista “Psychology Today”. Isto porque estamos programados para nos apaixonarmos através do impulso básico de apoiar a sobrevivência da espécie — quer queiramos procriar ou não —, acrescenta.
Quer isto dizer que só é possível perceber se uma relação tem potencial para ser duradoura quando realmente conhecemos a outra pessoa, após tirarmos os “óculos cor-de-rosa do amor”. Um passo importante antes de apostar tudo num envolvimento em que todos perdem emocional, financeira, sexualmente, e em termos de tempo.
Segundo a especialista, eis sete perguntas que deve fazer a si mesma:
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“Mordo a língua para evitar conflitos?”
Se sim, isto pode ser um problema. Os casais capazes de expressar emoções livremente têm relações mais felizes e de maior felicidade individual. -
“O meu parceiro tem objetivos a longo prazo?”
Se a resposta for sim, pergunte-se se esses objetivos fazem sentido para si. Se essas metas, sejam materialistas, altruístas ou idiossincráticas, são ideais ou aspirações que simplesmente não consegue apoiar, então talvez não esteja com a pessoa certa. -
“Temos valores partilhados no dia a dia?”
A maioria das pessoas pode beneficiar de experimentar novas atividades ou fazer as coisas de maneira um pouco diferente, mas se precisar de reorganizar totalmente a sua vida e desistir dos seus passatempos favoritos, isso pode ser um problema. -
“Vemos a grande perspetiva das coisas da mesma forma?”
Os valores partilhados fazem parte da cola que sustenta a durabilidade de uma relação. Se um casal não valoriza as mesmas coisas, das duas uma: o envolvimento será uma luta contínua pelo domínio ou chegará a um fim rápido. -
“Como a outra pessoa passa o tempo de lazer?”-
Sente-se bem com as escolhas da sua cara-metade ou já pensa em formas de encobrir ou explicar o comportamento dela? Se não concordar totalmente com as atividades de lazer, hábitos ou comportamentos pessoais do seu parceiro, é provável que, uma vez que a paixão desapareça, aconteça o mesmo com o respeito. -
“Eu respeitaria esta pessoa se não houvesse química ou paixão entre nós?”
Se a resposta for negativa, é provável que a relação se baseie em qualidades e expectativas que não resistirão ao teste do tempo. -
“Rimo-nos das mesmas coisas e vemos o mundo de uma perspetiva semelhante?”
Foi comprovado que os casais que respondem às coisas de maneira semelhante exibem sincronização neural, um preditor de satisfação com o parceiro.