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Uma relação é feita de duas pessoas, com vivências e contextos familiares diferentes, que nem sempre vão concordar com tudo o que faz parte da vida partilhada e em comum. E isso é perfeitamente normal. Contudo, até nas relações saudáveis há atritos e problemas de comunicação que podem levar ao afastamento do casal, que é feito de forma gradual, mas que deixa marcas indeléveis nos laços que unem os dois membros da relação. Para que esse não seja o seu caso, saiba quais são os três conflitos mais comuns numa relação e a melhor forma de os resolver:
1. Tarefas domésticas
Embora a mudança esteja a acontecer – e as generalizações possam não ser benéficas – a verdade é que, na maioria dos casos, o peso das tarefas domésticas ainda recai muito sobre as mulheres. Espera-se que consigam, de forma exímia, equilibrar todos os seus papéis de mulher, mãe, profissional, dona de casa e afins na perfeição, mas nesta equação quem fica sempre para último é a própria mulher. E isso, além de injusto, cria frustrações e insatisfação, que, quando acumuladas com o stress da vida diária, se tornam facilmente num rastilho prestes a rebentar quando se vê novamente as meias no chão do quarto, a louça suja ou um pacote vazio perfeitamente arrumado no frigorífico.
Neste cenário, é possível que as discussões sejam frequentes e o mais importante é que consigam ambos responsabilizar-se pela sua parte. Sentirem os dois que estão a trabalhar em equipa e a remar na mesma direção é fundamental para que, mesmo num dia menos bom, as coisas possam ser faladas sem o peso recair apenas num sentido.
2. Filhos e educação
Discussões que envolvem os filhos e a forma de os educar são das mais comuns. Começam mal nascem (por vezes até antes) e não cessam com o passar dos anos. Aqui, o mais importante é a comunicação. Falarem abertamente sobre o que é fundamental para cada um, perceberem os limites que querem impor – tanto às crianças, como aos familiares mais opinativos e intrusivos – e acordarem ambos com a forma como trabalharão em equipa nesta tarefa tão desafiadora e, ao mesmo tempo, compensadora. Não chegando a este compromisso, a relação vai sofrer muito com a falta de entendimento e pode ser esse o princípio do fim.
3. Sogros
Este é outro tema sensível. Sobretudo quando há demasiadas exigências ou atritos entre uma das partes e poucos limites impostos pelo casal. Esta dinâmica disfuncional vai acabar por afetar a relação, fazendo com que uma das partes se sinta negligenciada e pouco ouvida. Seja pelos almoços obrigatórios ao domingo, pelos Natais ou por pequenas obrigações que se vão impondo, mesmo quando não fazem sentido. Ao longo do tempo, tudo isto será motivo de conflito e o mais importante é que, sem colocar a restante família de lado, o casal entenda que ele próprio está a construir um novo núcleo familiar, que precisa de ser independente, que precisa de tempo de qualidade e de novas rotinas e até, por que não, tradições.
É por isso, fulcral, que o casal consiga falar sobre o que deseja e necessita para prosperar e perceba a forma como, juntos e de forma unida, vão ultrapassar as pequenas quezílias que possam surgir da imposição natural dos seus próprios limites. Esta é uma comunicação que deve ser permanente e adaptável, para que ninguém se sinta a ficar para trás em nenhum momento.