As palavras “solitária” e “sozinha” podem parecer sinónimos, mas são conceitos bastante diferentes, especialmente para quem os sente na pele.
“Nos tempos que vivemos, com tudo o que está a acontecer à nossa volta, temos de fazer uma dissociação clara entre estar sozinha e sentir solidão”, explica Eglantine Julle-Daniere, doutorada em Psicologia, à revista “Psychology Today”.
A especialista explica que estar sozinho é o estado físico de não estar com outros seres, sejam humanos ou animais de estimação que necessitem de cuidado e interação diária. Já a solidão é um estado psicológico caracterizado por uma experiência angustiante, que ocorre quando as relações sociais de uma pessoa são (auto-) percebidas como sendo menos em quantidade e qualidade do que o desejado. Ou seja, é algo que acontece quando o contacto social que temos num determinado momento não nos preenche.
Dito isto, pode estar sozinha e não sentir solidão. E pode sentir-se solitária mesmo quando está cercada de pessoas. É importante mudar a perspetiva e ver o tempo passado a sós como desejável, aproveitando o silêncio para refletir e desfrutar do prazer de estar consigo mesma. Afinal de contas, esta é a relação que dá o mote para todas as outras na sua vida.