Parece simples explicar a emoção que estamos a sentir, mas a verdade é que isso pode ser mais complexo do que aparenta. É que os sentimentos podem ser primários ou secundários e essa distinção faz toda a diferença.
A psicoterapeuta norte-americana Katherine Cullen explica que “uma emoção primária é como uma situação nos faz sentir”. Ou seja, se alguém nos faz um comentário rude podemos ficar tristes ou magoados.. Por outro lado, “uma emoção secundária é um sentimento que temos como reação a uma emoção primária” e neste caso essa emoção pode ser a raiva, pois a vulnerabilidade do comentários nos deixou desconfortáveis, assustados, o que desencadeou uma insegurança e uma resposta que supostamente nos protege. “Em vez de ficarmos na tristeza, a emoção da raiva toma o controlo e faz-nos sentir seguros. O problema é que os sentimentos originais deixam de ser abordados e considerados”.
Cullen explica que a ansiedade é uma emoção secundária muito comum. “Claro que podemos sentir a ansiedade como algo primário – estamos nervosos com um evento futuro ou com medo de algo perigoso. Mas muitas vezes é secundário – sentimos raiva, tristeza, mágoa, vergonha, ciúme ou decepção, mas esses sentimentos são muito desconfortáveis, muito vulneráveis ou muito difíceis de expressar, então, em vez disso, ficamos ansiosos”.
A psicoterapeuta explica que as emoções secundárias são um reflexo da ansiedade que temos em sentir os sentimentos primários. “Temos esse receio pois já estivemos em situações em que era inseguro senti-las”.
Dicas para compreender as emoções que está a sentir:
- Falar com alguém.
- Ser assertivo.
- Escrever o que se sente.
- Praticar técnicas de relaxamento.
- Fazer exercício físico.
- Dormir o suficiente.
- Contacto com a natureza.
- Questionar os próprios pensamentos.