412 crianças entre os 10 e os 12 anos foram estudadas pela investigadora Carol Dwek, uma das principais investigadoras mundiais nos campos da Personalidade, Psicologia Social e Psicologia do Desenvolvimento. No estudo ‘The Perils and Promises of Praise’ (os perigos e as proessas do elogio), a investigadora começa: “Diz-se muito que produzimos uma geração de jovens que não conseguem viver sem elogios. Esperam ter sucesso não porque tenham trabalhado para isos mas porque são ‘especiais’.”
Os educadores, afirma, pensam muitas vezes 2 coisas: que elogiar a inteligênciados alunos lhes dá motivação para aprendere, e que a inteligência dos alunos é a principal causa das boas notas.
O que o estudo mostra é que a primeira premissa é falsa e a segunda pode ainda ser destrutiva. O que aconselha: há que elogiar os estudantes sim, mas de forma a torná-los confiantes, motivados e resistentes. É preferível ajudá-las a lidar com os desafios e mesmo deixá-las falhar do que passar a vida a elogiá-las. Isto requer que pais e filhos aprendam a lidar com a ansiedade e o fracasso.
Então, o que não elogiar: A inteligência, a beleza, a força.
O que elogiar: O esforço, a forma de resolver um problema, o que fez para lá chegar.
Um elogio deve ser sempre espontâneo. De outra forma, faz com que a criança, em vez de apoiada, se sinta julgada. Como afirma Carol Dwek: “A nossa investigação mostra que os educadores não podem servir autoestima aos estudantes numa salva de prata quando lhes elogiam a inteligência. Mas podem dar-lhes as ferramentas de que precisam para manter a sua confiança na aprendizagem se os mantiverem focados no processo de aprendizagem. Talvez tenhamos produzido uma geração de estudantes mais dependentes, frágeis e mimados do que as gerações anteriores. É tempo de aprender com os nossos erros e trabalhar a sua motivação, resiliência e aprendizagem.”
ABC DO ELOGIO
. Elogie especificamente: Deixe claro o que está a elogiar e porquê.
. Elogie quando o seu filho fez qualquer coisa fora do normal, não por fazer o que é o seu dever todos os dias.
. Seja genuína: as crianças percebem quando um elogio é a sério ou quando é vazio.
. Elogie o progresso: não lhe diga que é um escritor fantástico, elogie apenas as 10 páginas que foi capaz de escrever.
. Seja realista: se ele canta pior que um garfo a riscar um prato, porque há de encorajar o sonho de ser cantor? Encoraje um sonho com mais pernas ou garganta para andar.