Portugal é um dos quatro países da União Europeia com maior taxa de acidentes mortais que envolvem crianças, juntamente com Grécia, Estónia e Bélgica.
A nível mundial, mais de 800.000 crianças morrem todos os anos de queimaduras, acidentes de automóvel, quedas, afogamentos, envenenamentos, entre outras causas, revela um relatório da ONU.
Além deste número assustador, milhões sofrem acidentes que os deixam incapacitadas para o resto da vida, revelam a Unicef e Organização Mundial de Saúde (OMS).
Cerca de 95% das mortes ocorrem em países em desenvolvimento, a maioria em África, mas também é um problema grave nas nações mais ricas. Nestes países, as mortes por acidentes também afectam os mais pobres.
Metade dessas mortes poderia ser evitada com o aumento do uso de cadeirinhas, coberturas para poços e piscinas e barreiras que impeçam o acesso de crianças a construções, entre outras medidas.
Os acidentes nas estradas são a principal causa de mortes acidentais, matando 260 mil crianças e ferindo mais 10 milhões anualmente.
Etienne Krug, o responsável da OMS neste relatório, pediu aos governos e autoridades de saúde que contenham o problema, pois a morte e a incapacitação de crianças pode manter o ciclo de pobreza.
‘Cada criança perdida devido a um ferimento ou uma incapacitação severa vai prejudicar a economia futura do país’, disse o relatório.