O estudo do INE apurou que, em comparação com a taxa de risco de pobreza da população em geral, que é de 18%, a das famílias numerosas, constituídas por dois adultos e três ou mais crianças, cresce para uns alarmantes 43%. Ou seja: mais de duas em cada cinco famílias numerosas nacionais sobrevive com grandes dificuldades.
Nesta lista de grupos sociais em risco, seguem-se os idosos a viver sós, com 37% abaixo do limiar de probreza, e as famílias monoparentais, com 34%. Estes dados inserem-se no estudo ‘Inquérito às Condições de Vida e Rendimento’, apresentado esta semana, e referem-se a 2006.
Os resultados diferem dos dados de 2005, quando as famílias monoparentais estavam no topo da lista (41%), seguidos dos idosos sós (40%) e das famílias numerosas (38%).
Segundo os critérios do INE, estão em risco de pobreza as famílias com um rendimento mensal inferior a 379 euros por ‘adulto equivalente’. A crise económica e o aumento do desemprego que este ano se vivem vêm piorar as dificuldades já sentidas pelas famílias numerosas.