Esta associação foi fundada em Lisboa, em 1917, para acolher e proteger crianças em perigo, e apoiar famílias temporariamente incapazes de educarem devidamente os seus filhos. Cerca de 200 crianças já passaram pelas ‘ Florinhas’ desde 1983. Mas só as crianças que, à partida, são passíveis de reintegração familiar é que ficam na instituição. Aquelas cuja solução parece ser apenas a adopção ou o encaminhamento para famílias de acolhimento são destinadas para outro tipo de projectos. Actualmente, além das 25 crianças internas, as ‘Florinhas’ dão apoio a mais 26 crianças que já voltaram para as suas famílias.
Nascida em Agosto de 1923, ao longo da sua vida, Judith Alves sempre conseguiu dividir-se entre a família, onde é uma importante fonte de energia e exemplo de solidariedade, e as várias instituições por onde passou. Acompanha, sempre que pode, os jovens a quem ajudou a reconstruir um projecto de vida, conhecendo-os e tratando-os pelo nome próprio. Uma tarefa que pode parecer simples… não tivessem sido tantos ao longo dos anos. É carinhosamente referida como a ‘avó Judith’ pelas crianças, que tanto ela como o Tempo ajudaram a crescer… e é respeitosamente chamada ‘Sra. Directora’ por aqueles que acompanham o seu trabalho na Associação Protectora das Florinhas da Rua. Em 2003, começaram um novo projecto, com a duração de três anos, criado no âmbito do programa ‘Ser Criança’. Chama-se ‘A minha Casa é o meu Lar’ e acompanha 21 menores que permanecem em casa dos pais. É uma alternativa que pretende a responsabilização dos pais e procura fazer com que as famílias se organizem.