Não torça já o nariz! Falar em poupar dinheiro, quando já se faz um esforço para fazê-lo esticar o mês inteiro, pode não ser muito aliciante, mas olhe que vai ter uma surpresa. Pense num orçamento doméstico como um desafio que vai levá-la a poupanças significativas (que poderá investir naquilo que bem entender) e não como algo que vai limitar as suas despesas drasticamente e eliminar os pequenos luxos que lhe dão tanto prazer. Para se tornar numa tarefa bem mais agradável, estabeleça metas, por exemplo: umas férias no Brasil, reformar a sua casa, fazer um curso de aperfeiçoamento profissional, aprender línguas ou comprar um carro novo.
Para quem vai casar ou preparar-se para viver em união de facto aqui fica um conselho, comecem desde já a falar nestes assuntos, ditos ‘chatos’:
. Estabeleçam as prioridades a curto e a longo prazo, as despesas pessoais que prescindem, as que são imprescindíveis, e claro, não se esqueçam de contar com aquelas às quais ninguém escapa: renda da casa, contas da luz, água, gás, telefone…
. Somem tudo, e comparem ao vosso salário conjunto. Assim é mais fácil controlar o orçamento doméstico e ao chegar a um consenso é mais fácil evitar discussões inúteis e endividamentos futuros!
Um dos seus sonhos é poder tirar uma licença sem vencimento e acompanhar os dois primeiros anos de vida do seu filho? Será que conseguiria subsistir apenas com um salário? Fazer um orçamento é, também, um bom exercício para quem quer saber se está preparada para enfrentar uma situação económica mais desfavorável.
O que se pode eliminar
– Se verificou que as refeições fora de casa levam uma quantidade exorbitante do seu orçamento, prefira cozinhar uma maior quantidade de comida ao jantar e levar uma porção para o emprego. Deixe apenas a sexta-feira para um almoço de convívio com os seus colegas. Um truque para quem está atolado de trabalho: aproveite a hora de almoço para ir almoçando e adiantando serviço. Vai ser como já vai poder sair a horas decentes. Assim até tem mais tempo para arejar a cabeça e estar com quem mais gosta.
Outra opção a considerar: em vez de jantar fora uma vez por semana, faça-o apenas uma vez por mês.
– O seu marido ficou abismado com os seus gastos no cabeleireiro? E você nem imaginava a quantia que ele gastava na Internet? Antes de trocarem acusações mútuas, sugiram formas de diminuir os custos das vossas despesas. Não, não tente fazê-lo crer que o seu cabeleireiro é mais importante que o hobby dele de navegar na net. O melhor que têm a fazer é cada um se disponibilizar para reduzir os seus gastos pessoais… para metade, no mínimo.
– Caso tenham dois carros, já perceberam que não é apenas a manutenção dos dois carros que têm de pagar, como os combustíveis e os seguros. Tentem arranjar soluções: há forma de prescindir de uma das viaturas? Se os locais de trabalho estão bem servidos pelos transportes públicos, pensem em vender um dos automóveis e partilhar a boleia até um determinado lugar onde depois um de vocês possa apanhar um autocarro, metro ou comboio.
– Tem mesmo de ter Internet em casa? Se a sua resposta for sim, então verifique qual o pacote que mais se adequa àquilo que pretende e está disposta a gastar. Opte por navegar nas horas mais baratas.
– E a conta dos canais extra? Se um dos seus passatempos favoritos é poder estar à frente da televisão a relaxar então mantenha essa parcela. Caso passe dias sem que ligue o televisor, ponde a hipótese de descartar essa despesa.
– Os gastos com o telefone fixo e telemóveis também costumam levar uma grande fatia dos salários. Seja mais contida nos telefonemas, (não ligue do supermercado só para saber se é para comprar mais alguma coisa que a fruta e o pão…). Opte por mensagens escritas.
– E, claro, não podiam faltar o tabaco e o café. Que tal deixar o vício? Se não conseguir MESMO… tente reduzir o seu consumo para metade.
– Se paga a mensalidade do ginásio e só lá vai quando o rei faz anos então considere desistir, ainda para mais se não vê, num futuro próximo, uma oportunidade de o frequentar com regularidade. Porque não vai passear 30-45 minutos ao fim-de-semana… e leve a família toda consigo? É à borla e respira ar puro!
Casa a quanto obrigas
Ao adquirir um imóvel deve ter em atenção que a renda mensal que vai pagar por ele não deve exceder os 40% do vosso salário, senão vão ter a sensação de viver com a corda à volta do pescoço e não têm espaço de manobra para despesas extra que acontecem todos os meses e que, por mais pequenas que sejam, vão retirar uma fatia ao vosso ‘bolo’. E há que ter dinheiro para ir ao cinema, comprar um livro e um CD, senão a vida fica sensaborona.
Assim, se ao fim do mês os vossos rendimentos somam €1500, o ideal seria que a renda não fosse além dos €600.
Não se esqueça que depois têm outras contas para pagar e que, inevitavelmente, caem todos os meses na sua caixa do correio: os condomínios, a prestação automóvel, a água, a luz, o gás, o telefone, e por aí fora.
** Este artigo foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico **
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