Foi em Novembro de 2011 que sairam as primeiras notícias sobre o abate de mais de 60 mil cães e gatos de rua na Ucrânia, uma ‘limpeza’ feita em nome do Campeonato Europeu de Futebol, que a Ucrânia organiza juntamente com Polónia. Os protestos reacenderam-se com o ínicio da competição no passado sábado. Ucrânia, Rússia e Itália foram alguns dos países a organizar manifestações contra o governo da Ucrânia.
Em Portugal, no dia 7 de junho, dezenas de e-mails chegaram às redações dos jornais exortando os jogadores portugueses no Europeu a manifestarem-se publicamente contra o massacre de animais na Ucrânia.
“Gostava que alguém da selecção portuguesa tivesse também denunciado o massacre de animais na Ucrânia. Isso seria muito mais importante do que uma vitória no Euro. Que Portugal seja grande na ética, não nos gastos, na corrupção e no conformismo, nem nos abates de animais, pois cá também são mais de 100.000 por ano”, afirmou o presidente do Partido pelos Animais e pela Natureza, Paulo Borges, na sua página de Facebook.
Alguns jogadores da seleção alemã associaram-se aos protestos, criticando a tortura e pedindo ao governo ucraniano para encontrar metodos mais humanos para lidar com o problema dos animais vadios no país.
A associação PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) denuncia no seu site o massacre de animais em várias cidades da Ucrânia. Desde Novembro que milhares de cães e gatos vadios foram exterminados: envenenados com dardos, mortos com armas de fogo, enforcados ou anestesiados e atirados para um camião crematório que circulava pelas ruas das cidades.
A presidente da Liga Portuguesa pelos Direitos dos Animais, Maria do Céu Sampaio, disse à TVI considerar a situação inadmissível: “Isto vai manchar o Euro 2012 com o sangue de inocentes”, afirmou, lembrando que “os países tem de tomar medidas para promover políticas esterilização e castração de animais para que eles não se reproduzam”.
O vídeo contém imagens potencialmente chocantes.