
“O meu gato está a ir muitas vezes ao caixote de areia e urina muito pouco. Devo ir ao veterinário?”
O sintoma que descreve pode estar associado a um problema do trato urinário inferior, provavelmente na bexiga ou na uretra. Se o seu gato é jovem, o mais provável é tratar-se de uma inflamação das vias urinárias, podendo estar associada à presença de cálculos (vulgarmente conhecidos por “pedras”) na bexiga, que provocam irritação e, consequente, inflamação. Se o seu gato é idoso e este episódio ocorre pela primeira vez, as causas mais prováveis podem ser uma infeção urinária ou uma neoplasia (ou tumor). Em qualquer das situações, deverá consultar um médico veterinário o mais brevemente possível.
Deixo, contudo, algumas dicas sobre como evitar/reduzir a probabilidade de problemas urinários em gatos. Assim, nestas doenças, a alimentação desempenha um papel fundamental! A obesidade, associada a dietas hipercalóricas e à falta de exercício, predispõe os gatos a problemas urinários. Os gatos mais pesados, tornam-se mais preguiçosos e movem-se menos, e portanto vão menos vezes ao caixote de areia, permanecendo durante longos períodos de tempo sem urinar. Este facto conduz à concentração da urina, tornando-a mais favorável à formação de cristais urinários e, eventualmente, de cálculos. É importante que escolha o alimento mais adequado ao estado fisiológico do seu animal de companhia (por exemplo, deve ter em consideração se o gato é ou não esterilizado). Existem no mercado alimentos comerciais especialmente formulados para a prevenção da formação de cálculos urinários. Estes alimentos geralmente contribuem para uma maior diluição urinária e contêm acidificantes urinários. Além disso, têm uma composição equilibrada, com níveis energéticos adequados ao estado fisiológico e estilo de vida do seu gato.
A hidratação é outro fator importante na prevenção destas doenças. Mantenha sempre água fresca disponível. Se o seu gato bebe pouca água, estimule o consumo desta através de uma fonte para gatos ou oferecendo-lhe dietas húmidas nas fases agudas da doença. Por último, mas também importante, o enriquecimento ambiental. O exercício e a redução do stress são importantes. Assim, coloque brinquedos e plataformas à disposição do seu gato, para estimular o movimento e o exercício físico.
Informe-se junto do seu médico veterinário sobre como prevenir esta doença, qual o alimento mais adequado e como aprender a identificar futuras crises.
As melhoras!