Portugal é um dos países com mais desigualdades sociais entre homens e mulheres, posicionando-se em 51º lugar entre 136 países, no ranking anual elaborado pelo Fórum Ecómico Mundial. É também o 11º país com piores resultados a este nível, dentro da União Europeia.
Desde 2006 que a posição portuguesa no ranking tem vindo a cair progressivamente – de um 33º lugar, em 2006, para 47º em 2012. Para além deste facto, os registos afirmam as desigualdades sociais, em termos gerais, têm vindo a aumentar também em Portugal. O relatório culpabiliza a descida de rendimentos salariais que se faz sentir em todo o país.
A nível mundial, a desigualdade entre os sexos tem vindo a ser mais notória, a nível económico e da participação das mulheres na vida política. A evolução tem sido lenta e estas diferenças entre géneros são, em grande parte, responsáveis pelo atraso da maioria dos países. A América Latina e as Caraíbas destacaram-se positivamente, pois a desigualdade desceu quase 70%.
Apesar de ter havido uma melhoria gera,l o documento salienta que “tanto nos países emergentes como nos desenvolvidos, há poucas mulheres a ocupar cargos de liderança económica, comparativamente com o número de mulheres no ensino superior e no mercado de trabalho em geral”
O caso português distingue-se numa Europa cada vez mais igualitária no que toca a diferenças entre homens e mulheres, sobretudo nos países do Norte e Ocidente.
“É imprescindível que os países comecem a desenvolver uma visão diferente do capital humano – inclusive na maneira como impulsionam as mulheres para os cargos de liderança. Esta revolução mental e prática não é uma meta para o futuro, é um imperativo para hoje”.